Aviões sem tripulação no Brasil enriquecem as Forças Armadas
Com o retorno de investimentos do governo em projetos militares (de defesa, é claro) desde o ano de 2002, produtos com tecnologia de última geração começam a surgir.
A nova realidade estratégica do país se deve principalmente a três fatores: melhorias sociais reais, estabilidade política e crescimento econômico que juntos fomentaram a projeção do Brasil no exterior.
Não só a produção de tecnologia de ponta mas também a aquisição de produtos nesta categoria.
É o caso dos dois RQ-450, aviões não tripulados controlados remotamente, recebidos pela FAB no último 30 de janeiro.
De fabricação israelense os RQ-450 se juntam a outros dois comprados em 2011 (estes já em operação desde então) integrando o chamado Esquadrão Hórus.
Custando 48 milhões de reais os novos “RQs” devem dar início aos voos ainda em março atuando em regiões fronteiriças (nas Operações Ágata*), darão suporte durante a Copa das Confederações e Copa do Mundo ambas realizadas no país.
Um radar que permite fazer imagens através de nuvens acompanhado de câmeras diurnas e de infravermelho com altíssima definição, aliados a um sistema de comunicação melhorado completam o “ pacote” de aperfeiçoamentos feitos nas duas novas naves que atingem velocidade de 110 quilômetros por hora e altitude de 5000 metros.
Os aviões são comandados do solo a quilômetros de distância por pilotos especialistas em missões militares, com amplos conhecimentos das regras do espaço aéreo e ampla experiência em helicópteros e aeronaves de combate.
Tornando-se uma das “estrelas” de segurança da constelação Rio + 20 o RQ-450 produziu milhares de imagens diurnas e noturnas que eram transmitidas ao vivo para os Centros de Controle.
Chamados também de VANTs (Veículo Aéreo Não Tripulado) as pequenas aeronaves com seus 06 metros de comprimento e 10 de envergadura, possuem alguns detalhes considerados de alto valor pelos militares e especialistas, tais como:
- No caso de missões cansativas ou perigosas eliminam em 100% o risco de acidentes com a tripulação;
- Por sobrevoarem exatamente o local desejado, capturam e registram as imagens com muito mais precisão;
- Podem ser usadas em diversos tipos de missões inclusive de reconhecimento, busca e resgate, monitoramento da área de segurança pública, monitoramento das fronteiras, do desmatamento, assoreamento de rios e em operações da Defesa Civil entre tantas outras;
- Autonomia de até 16 horas seguidas de voo permitindo missões bem mais completas e complexas;
- São mais econômicas do que as convencionais custando cerca de um décimo do custo destas para hora de voo sendo também mais baratas na hora de comprar.
Segundo a FINEP (Agencia Brasileira da Inovação) autarquia do Governo Federal que já investiu mais de R$ 1 bilhão de reais em avanços tecnológicos, os projetos que enriquecem a inteligência das Forças Armadas, irão gerar uma gama de conhecimentos e de inovações que se multiplicarão em curto espaço de tempo.
A Avibras, empresa que está desenvolvendo o primeiro VANT 100% brasileiro através de seu porta-voz e presidente Sami Hassuani preconiza que a defesa (belicista do país) é um dos maiores vetores em matéria de inovação e que abre a porta definitiva para nós, do mundo desenvolvido.
Claro que todos queremos ver nosso querido Brasil plenamente desenvolvido de preferência em todas as áreas, e esta nos parece óbvia pois o controle dos desmatamentos entre outras mazelas e crimes, devem ser combatidos infinitamente.
O que não podemos deixar de observar é que investimentos deste porte são coisas boas sim, e talvez tão necessários e importantes como os em educação, saneamento básico e infraestrutura.
Porém jamais devemos desviar nossa atenção daquilo que realmente salva e promove o verdadeiro progresso de uma nação: a qualidade de seus cidadãos.
Grande abraço!
Fontes e imagens:
Agência Força Aérea
fab.mil.br
finep.gov.br
geoconnectpeople.org
aereo.jor.br
defesanet.com.br
* As ações da Operação Ágata (com mais de 3 mil militares ativos) têm como objetivo coibir e combater atividades ilícitas como garimpos ilegais, contrabando, tráfico de drogas e crimes ambientais na região fronteiriça Brasil/Colômbia, e envolve a Marinha, o Exército, a Aeronáutica, a Receita Federal, o IBAMA e a Polícia Federal entre outras instituições.
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