Espiões Chineses invadem empresas norte americanas

30/05/2014

Espiões Chineses invadem empresas norte americanas

Espionar o espião, dá cem anos de perdão?
Se depender dos países espionados e bisbilhotados pela mega potência USA, um sim rotundo sera ouvido.
A superpotência, segundo ela mesma, falhou no quesito segurança cibernética deixando a mercê dos hackers orientais grandes empresas produtoras de imensas fortunas muitas delas maiores do que muitos PIBs de muitos países.
Com certeza são um prato cheio para qualquer serviço secreto de espionagem industrial, mas será que é fato ou mais uma “propaganda” mega potente da mega potência?

Chumbo trocado não dói
Por Mauro Santayana

O governo dos EUA acusou, formalmente, há alguns dias, cinco militares chineses, de uma suposta “Unidade 61398”, com sede em Xangai, de atividades de espionagem eletrônica. Sua finalidade: o “roubo de informações industriais” de empresas norte-americanas, para entrega a concorrentes chineses – principalmente indústrias estatais.

Trinta e uma acusações foram feitas pelo Estado da Pensilvânia contra Wang Dong, Sun Kailiang y Wen Xinyu, por responsabilidade material, e contra Huang Zhenyu e Gu Chunhui, pela manutenção da infraestrutura usada nas operações de infiltração. Eles podem ser condenados à revelia, de dez a quinze anos de prisão.

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Entre as empresas e instituições norte-americanas supostamente prejudicadas, citam a Westinghouse, a filial da alemã Solarworld, a U.S. Steel, a Alcoa, a Allegheny Technologies, e a United Steel Workers, que congrega empregados do setor siderúrgico. Os dados desviados teriam a ver com o desenho de uma usina nuclear; com disputas comerciais com a China, nas áreas de produção de aço e células solares. E também com o roubo de credenciais de acesso de funcionários à empresa Allegheny Technologies.

Em rematado exercício de cinismo – considerando-se a lisura dos Estados Unidos na matéria – John Carlin, o diretor do FBI encarregado da Divisão de Segurança Nacional da instituição, afirmou: “que fique claro, que essa conduta é criminal e que não é a que se espera de uma nação responsável e nem que seja tolerada pela comunidade econômica global”, e, também, que os EUA “não exercem atividades de espionagem em benefício de suas empresas.”
O Sr. Carlin poderia, explicar, então, junto às outras autoridades norte-americanas, encarregadas do caso, em benefício de quem foi espionada a Petrobrás, além do próprio governo brasileiro, e cidadãos de todo o mundo.

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Ou responder o que ocorreria, se, em resposta às atividades de espionagem eletrônica em massa das agências norte-americanas de informações, o governo chinês, o brasileiro, e tantos outros, decidissem levar aos tribunais os milhares de funcionários que trabalham espionando para o governo dos Estados Unidos, todos os dias, apenas na NSA.

Chumbo trocado não dói. Se os EUA estão preocupados com a espionagem chinesa – embora do ponto de vista moral não tenham nenhuma condição para isso – os chineses agem, também, da mesma forma, ao proibir, como fizeram, também ontem, a utilização do Windows 8 como sistema operacional em computadores de sua administração pública.
Quanto aos acusados, a China já disse que não vai extraditar os seus soldados. E declarou que vai romper, a partir de agora, a tênue cooperação que tinha, com os Estados Unidos, no campo da segurança cibernética.

[author] [author_image timthumb=’on’]https://www.duniverso.com.br/wp-content/uploads/2011/10/Mauro-Santayana-jornalista.jpg[/author_image] [author_info]Nascido em Minas Gerais em 1932 Mauro Santayana ocupou como jornalista, cargos destacados nos principais órgãos de imprensa como Folha de S. Paulo, Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil, no qual mantém uma coluna sobre política. Além de milhares de atividades foi diretor da sucursal da “Folha de São Paulo” em Minas, foi correspondente do Jornal do Brasil em Bonn, na Alemanha, cobriu a invasão da Checoslováquia pelas tropas do “Pacto de Varsóvia”, a “Guerra Civil Irlandesa” e o “Conflito do Saara Ocidental”. Foi também Diretor Presidente do “Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais”, na área Cultural, Adido Cultural do Brasil em Roma e ganhou o Prêmio Esso de reportagem de 1971. E muito mais![/author_info] [/author]

Publicação autorizada pelo autor: maurosantayana.com

 

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