Apostilas X jogos educativos: Conheça as diferenças entre escolas tradicionais e escolas construtivistas

27/07/2017

Apostilas X jogos educativos: Conheça as diferenças entre escolas tradicionais e escolas construtivistas

Esses modelos de escola valorizam diferentes potencialidades das crianças, e usam recursos que variam entre carteiras alinhadas e atividades educativas online

Quando os pais pensam em escolas para os seus filhos, eles baseiam seus conhecimentos sobre o assunto em sua própria experiência educacional. A maioria deles deve ter estudado em uma escola tradicional, com carteiras enfileiradas, matérias pré-determinadas e provas periódicas. No entanto, essa não é mais a única opção para as crianças, já que o construtivismo tem sido cada vez mais valorizado no dia a dia dos alunos.

A adoção da linha pedagógica tradicional ou construtivista é uma escolha da instituição de ensino. Na maioria das vezes, as metodologias não são seguidas à risca e acabam se complementando, já que há algumas limitações para a aplicação integral do construtivismo na sala de aula.

Enquanto que nas escolas tradicionais, modelo adotado na maior parte do país, o foco do aprendizado é o conteúdo, sempre passado por um mestre à frente da sala, o método construtivista implica na aquisição de conhecimento por meio da interação da criança com o meio em que vive. Descubra mais sobre as duas linhas pedagógicas essenciais para o desenvolvimento dos jovens estudantes.

Escolas tradicionais: elas estão em mutação

A escola conhecida pela maioria dos adultos foi uma solução encontrada na época da Revolução Industrial, quando a serialização e a padronização eram a melhor forma de especialização do trabalho. Entretanto, desde então, a sociedade não é mais a mesma, pois o incentivo ao dinamismo ao invés da imobilidade é a nova regra dos tempos modernos, fazendo com que escola tradicional esteja sendo repensada para incluir jogos educativos, o equilíbrio de saberes, experiências integrais e o bilinguismo.

Uma das principais características do modelo tradicional é o acesso unilateral do conhecimento. A atuação do professor, muitas vezes formada apenas para a educação tradicional, é limitada à transmissão de uma quantidade fixa de conteúdo, sempre à frente da sala, por meio de aulas com duração pré-estabelecidas. Na ânsia pelas mudanças tão necessárias, o governo anunciou a reestruturação do Ensino Médio, garantindo entre outros fatores, a flexibilização do currículo educacional.

Outro ponto marcante desse tipo de escola é a avaliação da capacidade de assimilação dos alunos e de seu desempenho com provas e atribuição de notas matemáticas baseada na quantidade de respostas certas e erradas. O aluno que não alcança a pontuação mínima é reprovado, e passa por um período de reforço. Se não a recuperação não ocorrer conforme os requisitos mínimos de aprendizado, a criança deve cursar a mesma série novamente.

A escola tradicional tem como objetivo preparar os estudantes para a continuidade da vida acadêmica e para o mercado de trabalho. Para isso, é feito o uso de livros e apostilas que seguem as exigências de testes como o Enem e vestibulares e a complementação do aprendizado com cursos técnicos é muito frequente no caso dos alunos que estão finalizando o Ensino Médio.

Escolas construtivistas: reflexão crítica e auto avaliação

O construtivismo na educação foi uma teoria criada nos anos 20 pelo pensador Jean Piaget, e considera fatores biológicos, de experiências, de interações sociais e da adaptação ao meio como fundamentais para o desenvolvimento cognitivo das crianças.

Na prática, estudar em uma escola construtivista quer dizer que o aluno constrói o próprio conhecimento por meio da formulação de hipóteses e da resolução de problemas de modo praticamente autônomo, pois o professor atua apenas como um orientador do saber do aluno, respeitando seus limites pessoais. Para isso, são utilizados suportes atuais e que fazem parte do dia a dia das crianças, como jogos educativos, música e dramatização.

As principais diferenças que podem surpreender os pais, além das atividades educativas online, são a ausência de provas ou a desvalorização das avaliações – pois o processo de aprendizado é visto como contínuo – e a disposição das carteiras, que geralmente é circular para incentivar o entrosamento e a coletividade entre alunos e professores durante as atividades na classe.

No Brasil, a viabilidade das escolas construtivistas esbarra nas exigências do sistema educacional, que determinam o aprendizado de certa quantidade de conteúdo em um período de tempo e a avaliação por um sistema numérico. Por isso, são raras as escolas puramente construtivistas. Elas têm se mesclado às propostas pedagógicas do modelo convencional ou servido de referência para as mudanças nas escolas tradicionais, principalmente no que diz respeito a centralização do desenvolvimento do estudante.

Outra dificuldade está na mudança de cultura dos pais acostumados ao antigo modelo. Eles tendem a se preocupar com o futuro das crianças e têm receio que elas não possam disputar vagas nas universidades e no mercado de trabalho. A preocupação é natural, mas infundada, pois, embora os processos de aprendizagem da escola tradicional e da construtivista sejam muito distintos, a preparação dos estudantes para a vida é o foco dessa educação. Entretanto, para que o objetivo seja atingido, é essencial que os responsáveis estejam abertos a um modelo inovador também dentro de casa.

Grande abraço!
Press Office

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