RELEMBRANDO MEU NOME
Revisitando o bê-á-bá…
Por Antônio de Oliveira
Repetindo: Meu nome é Alfabeto. Já lhes expus as razões de meu nome. Os gramáticos, em especial, estudam minha constituição. Dizem que cinco, das 26 letras que me integram, são vogais: a, e, i, o, u. Uma letra vogal, em latim, “littera vocalis”, significa voz. Produz um fonema, isoladamente. Um som mínimo, significativo, distintivo no sistema fonético ou sonoro de uma língua. Telefone, etimologicamente, é o som transmitido através de um aparelho, no caso, que permite se fale com o locutor ou interlocutor.
Uma situação relevante ocorre à língua hebraica, cujo alfabeto consta apenas de consoantes (22). E que se leem da direita para a esquerda. Foram os massoretas que introduziram as vogais, representadas por sinais, justamente a fim de manterem intato o rolo da lei mosaica, ou Torá, livro que encerra o Pentateuco. Em grego, penta + teûchos, cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio (segunda lei). O Pentateuco foi escrito sobre tiras compridas de pergaminho. Outra curiosidade: Cada letra pode ter mais de um significado. Assim, um animal corresponde à primeira consoante, Aleph. Bêth é casa.
Como você sabe, eu sou um dos alfabetos. Portanto, há outros, como árabe, bengali, cirílico (glagolítico), copta, devanagárico (devanágari), etrusco, fenício, gótico, granta (sânscrito), grego, e outros. Destaque-se, neste espaço: aramaico, que deu origem ao hebraico quadrado; fonético e fonético internacional, este elaborado pela Association Phonétique Internationale, em 1888, formado basicamente por letras do alfabeto romano.
Eu, Alfabeto, posso ser maiúsculo ou minúsculo, dependendo do tamanho das letras. Por sinais manuais (LIBRAS). Também me chamam Morse. Enfim, sou pau para toda obra, mil e uma utilidades no campo da comunicação… e não é de hoje. Apenas use com moderação. Em vez de palavrões, use palavras…
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