Senadora Marina Silva, a força que veio da floresta
Filha de um casal de seringueiros, nascida no estado do Acre (Seringal Bagaço), no dia 8 de fevereiro de 1958, Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima, que só aprendeu a ler e escrever aos 16 anos de idade, se tornou Marina Silva, senadora e ministra do Meio Ambiente do Brasil.
Perdeu sua mãe ainda muito nova (com 15 anos de idade) o que é difícil para qualquer pessoa.
A instituição Servas de Maria situada na capital do Acre, Rio Branco cuidou dela quando contraiu Hepatite, além disso também teve leishmaniose e malária, doenças bem graves.
Guerreira desde sempre, estudou pelo Mobral, sistema supletivo, trabalhou como doméstica por um bom tempo e se graduou em História pela Universidade Federal do Acre.
Junto com o ambientalista Chico Mendes, foi fundadora da CUT (Central única dos Trabalhadores) no ano de 1984.
Teve quatro filhos de duas uniões distintas e em 1986 filiou-se ao PT (Partido dos Trabalhadores), mesmo ano que se casou pela segunda vez.
Em seu currículo também constam especializações em teoria psicanalítica e psicopedagogia, além de uma interrompida na Argentina em função da disputa eleitoral que participou.
Eleita como vereadora mais votada de Rio Branco em 1988, saiu para deputada estadual em 1990 obtendo o maior número de votos daquele ano, se tornando, posteriormente, a senadora mais jovem eleita (pelo estado do Acre) no ano de 1994.
Foi Secretária Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT e Ministra do Meio Ambiente na gestão Lula.
Criadora de vários projetos sócio-ambientais abocanhou vários prêmios nacionais e internacionais, sendo:
- “Champions of the Earth”, maior prêmio da ONU para área ambiental.
- “Fundação Norueguesa Sophie”, pela defesa da Amazônia;
- “Medalha Duque de Edimburgo”, também pela defesa da Amazônia;
- “Prêmio Goldman do Meio Ambiente pela América Latina e Caribe” dado pelos Estados Unidos da América;
- Convidada especial para abertura dos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres, ao lado de celebridades com Ban-Ki-moon.
Foi a candidata mais votada da história do PV (partido Verde) quando concorreu à Presidência do Brasil nas eleições de 2011, onde perdeu para a candidata de seu antigo partido (PT) Dilma Roussef.
Ao lado de Eduardo Campos em 2014, Marina se engaja como vice na chapa do PSB para as eleições presidenciais de 2014. Porém, em um trágico acidente aéreo Eduardo Campos falece e ela assume a candidatura para presidente sendo seu vice Beto Albuquerque.
Derrotada novamente (ficou em terceiro lugar) obteve expressiva votação com mais de 22 milhões de votos.
Já nas eleições presidenciais de 2018, que elegeu Jair Messias Bolsonaro, caiu vertiginosamente o número de votos recebidos, ficando em um melancólico oitavo lugar, com pouco mais de um milhão de votos.
Para inferir, uma pessoa (uma mulher) oriunda de um lugar que é 70 km da capital de um estado (Acre) que até então sem projeção ou referência nacional, chegar onde chegou com a sua luta, vencendo os desafios e as adversidades que enfrentou, nos deixa uma grande lição:
A de que não existe sonho impossível, basta você querer de verdade.
Grande abraço!
Fontes: Ebiografia e Wikipedia
Imagens: Wikipedia
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