O ócio e o reino dos Céus: trabalho ou escravidão? Você decide
Uma vez uma amiga minha me disse (na verdade, uma ex-namorada, tá!): “A felicidade reina no ócio. Trabalhamos muito para ter examente o ócio e não fazer nada”. Achei aquilo engraçado, mas concordei de cara. Ela tinha toda a razão! Trabalhamos igual a um maluco(a) dia e noite, estudamos sem parar, aprimoramos o conhecimento e tudos mais, e no final das contas queremos é aposentadoria gorda e tranquila.
Que reine o ócio!
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Fazer Nada
Por Celia Spangher
Uma tarde dessas, a Lei de Murphy se estabeleceu no escritório. Acabou a eletricidade de repente, por causa da chuva.
Fiquei sem computador, sem telefone, o celular no último suspiro da bateria. Naquele momento me bateu um total desespero! Com tanta coisa para fazer, isso é hora de acabar a luz??
Fiquei andando de um lado para o outro, perdidinha. Com o calor intenso e sem ar condicionado, abri a porta da frente e resolvi sentar um pouco lá fora, no coberto, para ver se refrescava. Peguei um caderno para fazer anotações assim tentar aproveitar o tempo.
Parei com a caneta na mão e de repente, caiu a ficha. Comecei a escutar o barulho da chuva, a apreciar a brisa refrescante. Senti o cheiro característico da chuva e pensei: nossa, quanto tempo faz que não dou uma paradinha para respirar? Larguei o caderno de lado e então me dei conta do silêncio total e dos pingos batendo no telhado….
Sem telefone tocando, ninguém falando, o incessante teclar dos computadores, o barulho do ar condicionado. Fechei os olhos e fiquei curtindo esse momento de paz, respirando e pensando – porque será que nos deixamos escravizar dessa maneira? Confesso que sou totalmente ligada à tecnologia, gosto dos “brinquedinhos” todos, amo o meu trabalho, mas de tempos em tempos é necessário “desconectar”. E no momento que isso forçosamente aconteceu, fiquei meio “boba” sem saber o que fazer.
Aquela compulsão de ver se chegaram emails, mensagens, torpedos, tweets, chamadas de repente sumiu e eu consegui me “dar” dez minutinhos de silêncio, paz e gotas de chuva no telhado com cheiro de terra.
Quando a eletricidade voltou, um suspiro e a retomada, porém revigorada por aqueles momentos.
Disso tudo, uma importante lição – o tempo é o produto mais caro que existe e o mais desperdiçado disse alguém – e investir alguns minutos “fazendo nada” pode vir a ser o ato mais produtivo do dia.
Pense nisso.
Celia Spangher é Executiva de Gestão do Talento, Sócia-Diretora da Maxim Consultores
Nós Transformamos Equipes e Queremos Fazer a diferença nas Organizações.
Créditos:
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