Saúde do seu emprego: dicas para entrevista
Este tema muitas vezes deixa muitos de “cabelo em pé”!
São as danadas das entrevistas para se conseguir um emprego.
Por mais que nos preparemos, na hora sempre vem um frio na barriga.
Este texto contém excelentes dicas para controlarmos a emoção e também dicas de comportamento diante do “inquisitor”.
Porque não vou bem em Entrevistas?
Por Celia Spangher
Recebo vários emails por dia com essa pergunta, vindos de profissionais que estão em recolocação ou transição de carreira, e que não conseguem entender porque são chamados para várias oportunidades, mas não conseguem emplacar.
Claro que há vários fatores envolvidos, mas vou procurar elencar alguns deles para ver se é possível ajudar:
1) Excesso de Ansiedade
Às vezes, o profissional quer tanto aquela posição que já entra na sala com um nível altíssimo de ansiedade. Passou a noite pensando no que dizer para causar boa impressão e com isso conseguir a vaga. Pois bem, quando alguém “quer tanto” agradar, acaba transmitindo ao entrevistador a sensação de insegurança e vulnerabilidade. Atropela as palavras, tenta “ler” o entrevistador e dizer a coisa certa, tenta adivinhar o que o outro quer escutar e com isso perde toda a naturalidade. Lá se vai a entrevista por água abaixo.
Solução: Seja você mesmo, não tente ser alguém que não é só para agradar o selecionador ou a empresa. Prepare-se para a entrevista focando no que você tem de bom para oferecer e seja natural. Se gostarem de você, ótimo, senão haverá outra oportunidade.
2) Estilo Defensivo
Após ser preterido em várias entrevistas ou após meses de busca, o profissional pode tender a chegar para a entrevista já com medo de um novo fracasso. Aí você realmente se predispõe a revelar isso na postura pessoal e na forma de falar. Não há nada mais desmotivante para um entrevistador do que conversar com alguém com a auto-estima baixa. Torna a entrevista maçante, chata, pesada e o selecionador opta por terminar logo, acabando por prejudicar você no processo.
Solução: ao entrar na sala, esqueça o resto. Faça de conta que essa é sua primeira entrevista depois do último trabalho. Pense no que você fez de bom na sua carreira, nos problemas que resolveu, nos gols que marcou e no quanto você pode ser útil a essa empresa.
3) Falatório Sem Fim
Como resultado do excesso de ansiedade e da posição defensiva, muitos candidatos nem percebem mas exageram ao falar. Falam muito, rápido, procuram antecipar perguntas ou utilizam respostas de “revista” com excesso de clichês – “o que eu quero é agregar valor”, “sou resiliente”, “visto a camisa”….etc. Muito cuidado com essas expressões ou elas caem no vazio, dão a impressão que você decorou um discurso e isso certamente o prejudicará.
Solução: Relaxe, seja objetivo. Escute atentamente as perguntas, responda com tranqüilidade e não se estenda muito. Deixe o entrevistador com gosto de “quero mais”, sorria ao falar de sua trajetória e do que você ama fazer.
4) Excesso de informalidade
Tudo bem que hoje em dia as relações estão mais informais e que há uma certa flexibilidade. Porém, exageros podem por tudo a perder. Na ânsia de agradar, alguns profissionais querem estabelecer uma relação mais próxima com o entrevistador e podem dar um tiraço no pé. Há uma linha que não se cruza e todo cuidado é pouco. Convidar o entrevistador para almoçar, mandar presentinhos após a entrevista, fazer comentários de cunho muito pessoal não o transformarão instantaneamente em super candidato a vaga e podem selar o seu destino no processo.
Solução: Educação e respeito são bons e cabem em qualquer lugar. Antes ser visto como muito formal do que como “folgado”. Seja simpático e acolhedor, sem ser invasivo nem “melento”.
5) Culpar os outros
Ao falar de eventuais problemas ou questões que o levaram a sair das empresas anteriores, o profissional pode cair na tentação de culpar a empresa ou a outras profissionais, chefes ou colegas. Seja honesto e assuma erros cometidos com humildade, sem atribuir a sua responsabilidade aos outros. Fazer isso pode dar a impressão que você foge à responsabilidade pelos seus atos, e isso definitivamente é algo que empresa nenhuma busca. Por exemplo – você saiu da última empresa porque houve uma restruturação. Ao responder a pergunta – porque saiu da empresa X? responda com naturalidade – houve uma restruturação e eu fui desligado. Pronto, simples assim. Complementar a informação dizendo – “contrataram um moleque estagiário mais barato que eu”, “optaram pelo filho do Diretor no meu lugar, sabe como é né, empresa familiar…”, “promoveram um colega meu que era mais político do que eu sabe como é, eu não sei fazer política….” só depõe contra você, demonstra ressentimento e que você não superou a saída.
Solução: também aqui, a dica é “foque no que é bom”, ou seja, lembre-se de tudo de bom que você já fez, nas coisas boas que conseguiu, nos resultados significativos que alcançou. E seja sincero e humilde com os próprios erros – afinal aprender com os erros é uma virtude.
Espero ter ajudado um pouco a esclarecer alguns pontos que podem impactar as entrevistas de trabalho!!
Boa sorte!
E você, tem dificuldade com entrevistas? Já aconteceu algo inusitado que queira contar?
Fique a vontade!
Grande abraço!
Celia Spangher é Executiva de Gestão do Talento, Sócia-Diretora da Maxim Consultores
Nós Transformamos Equipes e Queremos Fazer a diferença nas Organizações.
Créditos:
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