A arte do fotógrafo mineiro Sebastião Salgado
Há muito tempo que desejava fazer um artigo sobre esta figura humana de extrema beleza interior, que transmite à todo o planeta grandes lições, sejam humanitárias, de solidariedade e até mesmo do horror o qual transformamos, às vezes, a vida na Terra!
Não obstante, tive grata surpresa ao iniciar as pequisas quando descobri que no mínimo temos algo em comum: fazemos aniversário juntos, dia e mês, e nascemos no mesmo estado, sendo ambos da “Era de Aquário”! rsrsrs
Representante Especial da UNICEF desde 2001, Sebastião Salgado é um fotógrafo brasileiro, sendo um dos mais respeitados em todo o mundo.
Dedicado a mostrar ao mundo as mazelas dos despossuídos, suas imagens penetram na alma como uma ferpa que entra debaixo da unha!
Detentor de inúmeros prêmios na Europa e nas Américas, Salgado diz que sua intenção ao fotografar é que as pessoas que visitam suas as exposições, não saiam delas exatamente os mesmos.
“Eu acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não doando bens materiais, mas participando, sendo parte da discussão, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo”, acrescenta.
Formado em economia, começou sua carreira de fotógrafo em 1973, sendo que, seu primeiro livro foi publicado em 1986 (“Outras Américas”, sobre os pobres na América Latina).
O Homem em Pânico (também publicado em 1986), foi resultado de uma colaboração a longo de 15 meses com a ONG “Médicos Sem Fronteiras” cobrindo a seca no norte da África.
De 1986 a 1992, documentou em todo o mundo o trabalho humano, resultando em um livro e exposição denominada “Trabalhadores”, um empreendimento monumental que confirmou sua reputação como documentarista fotográfico de primeira linha.
Entre os anos de 1993 e 1999, focou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, resultando nos livros “Migrações” e “As Crianças (The Children ) publicados em 2000, e que foram internacionalmente aclamados.
“Mais do que nunca, sinto que a raça humana é uma só. Existem diferenças de cor, língua, cultura e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são iguais. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas … ” (Sebastião Salgado).
Sua fotos são todas em preto-e-branco.
O respeito de Sebastião para com seus “modelos” e sua determinação em tirar o maior significado do que está acontecendo com eles, criou um imaginário que atesta a dignidade fundamental de toda a humanidade, ao mesmo tempo protestando sua violação pela guerra, pobreza e outras injustiças.
Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias internacionais, incluindo a UNICEF, o Instituto das Nações Unidas, Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), Médicos Sem Fronteiras e Anistia Internacional.
Juntamente com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, atualmente está apopiando uma comunidade de reflorestamento e revitalização do projeto em Minas Gerais (meu estado), Brasil.
Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e UNICEF, Salgado fez uma mostra de 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de seu livro “As Crianças” numa exposição na sede das Nações Unidas em Nova York.
Essas impressionantes fotografias prestam o solene testemunho de pelo menos 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria crianças e mulheres, que estão sem um lar permanente.
Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global para Crianças e para ilustrar um livro de Graça Machel, de Moçambique.
Atualmente, em um projeto conjunto com a Iniciativa Global de Erradicação da poliomielite, ele está documentando uma campanha global para erradicar esta doença.
Parte do texto acima foi baseado em relato da UNICEF.
Nascido na pequena cidade de Aimorés (interior de Minas) em 8 de fevereiro de 1944, atualmente vive em Paris, França, com sua família. Sua esposa, Lélia Wanick Salgado, dirige sua empresa, a Amazonas Images, sendo a responsável pela maioria dos projetos gráficos de suas obras e exposições.
O casal tem dois filhos.
Alguns prêmios:
• Prêmio Príncipe de Asturias das Artes, 1998.
• Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária.
• Prêmio World Press Photo
• The Maine Photographic Workshop ao melhor livro foto-documental.
• Eleito membro honorário da Academia Americana de Artes e Ciência’ nos Estados Unidos.
• Prêmio pela publicação do livro Trabalhadores.
• Medalha de prata Art Directors Oub nos Estados Unidos.
• Prêmio Overseas Press Oub oí America.
• Alfred Eisenstaedt Award pela Magazine Photography.
• Prêmio Unesco categoria cultural no Brasil.
Bibliografia:
• Trabalhadores (1996)
• Terra (1997)
• Serra Pelada (1999)
• Outras Américas (1999)
• Retratos de Crianças do Êxodo (2000)
• Exodos (2000)
• O Fim do Pólio (2003)
• Um Incerto Estado de Graça (2004)
• O Berço da Desigualdade (2005)
• África (2007)
Ainda bem que ainda existem grandes pessoas no planeta!
Se não fosse assim, talvez já teríamos explodido geral!
Obrigado por sua visita, e volte sempre que desejar!
Grande abraço!
Fontes:
unicef.org; illy.com; pt.wikipedia.org
image.guardian.co.uk; fao.org
http://Emily
O trabalho dele é muito bom, realmente um exemplo e veículo de transformação pessoal ou social. Eu adorei!
Tenho muita vontade de ser fotógrafa, e o Sebastião Salgado vai ser minha fonte de inspiração. É incrível como ele capta o sentimento em suas fotografias! Ele faz um trabalho maravilhoso!
Indico um vídeo bastante interessante só com imagens de trabalhos do Salgado.
http://www.youtube.com/watch?v=mGxKli9Q5Cs
Ótima matéria!
.-= Caco´s last blog ..[ultimapostagem] =-.
http://Maria%20Imaculada%20campos
Tomé,li agora o texto sobre Sebastião Salgado.
É uma pessoa fantástica,de muita sensibilidade e em vários de seus livros,porque conheço quase todos ele demonstra esta sua preocupação social .
Trabalhei com alguns livros dele na faculdade,principalmente em Retratos de Crianças do Êxodos ,onde retrata as crianças de quase todo mundo.
É realmente mineiro ,seus prêmios são muito bem vindos,porém os problemas sociais precisam ser tratados tendo em vista a realidade em que vivemos.
Temos problemas no MUndo inteiro,mas o Brasil precisa ser olhado com muito mais atenção.
Posso ser criticada,mas sinto falta de Projetos Concretos que lidem com este problemas.
Expor cada trabalho é maravilhoso,mas vem pouco ao Brasil para tratar
de compor grupos que possam trabalhar os problemas detectados.
O que falta para mim é seu engajamento ,porque só mostrar o que captou não resolve os problemas.
Mas admiro-o mesmo assim.
Quem sabe não seria o momento de se pensar nisto.?