Como a telemedicina pode auxiliar nos tratamentos de reprodução assistida?

14/02/2022

Como a telemedicina pode auxiliar nos tratamentos de reprodução assistida?

Diante da pandemia do coronavírus, foi autorizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Agência Nacional de Saúde (ANS) a realização das consultas via telemedicina, a fim de evitar que as pessoas se desloquem até os consultórios e sejam expostas.

A telemedicina pode ser definida como um processo de monitoramento do paciente, troca de informações médicas e análise de resultados de exames à distância. O objetivo é apoiar a medicina tradicional, de forma segura e legalizada, agregando qualidade e velocidade nas consultas.

A telemedicina pode ser exercida das seguintes formas:

  • Teleorientação: permite que o médico forneça orientação e realize o encaminhamento do paciente;
  • Telemonitoramento: possibilidade de o paciente ser monitorado à distância quando existe um parâmetro de saúde e/ou doença;
  • Teleinterconsulta: permite a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio de diagnóstico ou terapêutico.

Com isso, pessoas que estão em busca de tratamentos de reprodução assistida para engravidar podem contar com o auxílio da telemedicina, seja para tirar dúvidas ou ter o respaldo necessário.

Tratamento de reprodução assistida e telemedicina

Para casais que estão em busca de tratamentos de reprodução assistida, foi indicada uma pausa nos novos tratamentos, enquanto os casos com tratamento já iniciado foram continuados de maneira individualizada.

Diante disso, a telemedicina possibilitou que o atendimento e acompanhamentos dos pacientes de reprodução assistida continuassem sendo realizados, para que fosse possível esclarecer todas as dúvidas.

O que são os tratamentos de reprodução assistida?

A reprodução assistida pode ser definida como um conjunto de técnicas médicas, que possibilitam a concretização do sonho de construir uma família para casais com problemas de infertilidade, mulheres mais velhas, casais homo afetivos, gestação independente ou indivíduos com doenças pré-existentes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), estima-se que mais de 86 mil bebês já tenham nascido no país por meio de métodos como Fertilização In Vitro (FIV) e Inseminação Artificial.

Os tratamentos de reprodução assistida podem ser devidos em baixa e alta complexidade, sendo que o primeiro é quando a fecundação ocorre no aparelho reprodutivo feminino, como na inseminação artificial, e a segunda quando a fecundação ocorre no laboratório e os embriões resultantes são colocados no útero materno — como ocorre na fertilização in vitro.

Fertilização in vitro e inseminação artificial: o que são esses tratamentos?

Uma das técnicas mais complexas de reprodução assistida, a fertilização in vitro consiste na união do óvulo ao espermatozoide em ambiente laboratorial. Os embriões formados são cultivados e selecionados para que possam ser transferidos ao útero da mulher.

O procedimento ocorre a partir das seguintes etapas:

  • Estimulação ovariana;
  • Retirada dos óvulos no ovário;
  • Coleta do esperma;
  • Realização da fertilização em vitro, em que células germinativas são inseridas em uma incubadora para que possa ocorrer a fertilização;
  • Etapa de testes genéticos para minimizar os riscos de síndromes;
  • Escolha e transferência dos embriões com maiores chances de sucesso ao útero materno;
  • Por fim, realização do teste de gravidez.

Na inseminação artificial também é realizado o estímulo dos folículos ovarianos por meio de hormônios, porém em uma dosagem um pouco menor, pois o intuito do tratamento é recrutar menos folículos para que o procedimento de fertilização ocorra dentro do corpo da mulher.

Desta forma, quando é observado o crescimento do folículo, que deve atingir aproximadamente 18 mm, inicia-se a aplicação de um segundo hormônio para promover o amadurecimento do óvulo. Após isso, nas 2 horas que antecedem a ovulação, é coletado o sêmen para a realização da inseminação.

Vale ressaltar que o tratamento de reprodução humana nem sempre é eficaz logo na primeira tentativa. Por isso, muitas vezes é necessário realizar mais de um procedimento para atingir o tão sonhado teste positivo para gravidez.

Grande abraço!

Press Office

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