Cultura sneaker: da história aos dias atuais

25/10/2017

Cultura sneaker: da história aos dias atuais

Mais do que estilo, o símbolo de uma cultura urbana que move gerações. Essa é a cultura sneaker, caracterizada pela identificação com tênis disponíveis em diversas variações e modelos. Esses ícones são companheiros fiéis de rappers, esportistas de alto nível e de pessoas comuns que apreciam o estilo e se identificam com esses grupos.

Os responsáveis pelo nascimento da cultura sneaker foram os jogadores de basquete e o hip hop, ainda na década de 80. Embora o movimento musical já fizesse uso do tênis como símbolo de uma cultura urbana, foi o basquete que popularizou o uso e impulsionou o fascínio pelos calçados.

Quando Michael Jordan surgiu nas quadras, a Nike foi suficientemente inteligente para firmar um contrato milionário com o atleta. Em 1984, Jordan fazia brilhar os olhos das pessoas que admiravam suas incríveis enterradas. Por este motivo, passou a ser apelidado de Air Jordan. A Nike saiu na frente de todas as marcas e fechou um contrato de US$ 500 mil com o jogador durante cinco anos para a criação de um tênis com esse nome. A partir desse momento, os calçados esportivos passaram a se tornar uma febre entre os entusiastas.
O publicitário Henry Nelson foi o criador da palavra sneaker. Ela é derivada do verbo sneak, que significa, entre outras coisas, escapar e esquivar-se. O nome foi atrelado aos tênis com sola de borracha, pois, com eles, era possível andar e se esquivar sem fazer barulho. O sufixo “er” indica ação na língua inglesa. Portanto, “sneaker” pode ser entendido, literalmente, como aquele que se esquiva, fazendo alusão aos tênis.

Sneakerhead

Sneakerhead são aqueles que se identificam com a cultura urbana sneaker. Esses indivíduos possuem um apreço muito grande pelo modo de vida e pelo significado que os modelos de calçados são capazes de transmitir. Existem aqueles que preferem colecionar pares de diferentes tipos e outros gostam de um determinado modelo ou marca. As formas de expressar o carinho e a afetividade que possuem são variadas. O que há em comum é a admiração por essa cultura.

Os tênis utilizados pelos sneakerheads, no começo, eram criados com o objetivo de atender exclusivamente as necessidades dos atletas de alta performance, como era o caso de Michael Jordan e de tantos outros jogadores de basquete, por exemplo. Com o decorrer do tempo, eles passaram a estar mais presentes nos pés dos rappers e no vestuário de pessoas comuns.

Nike, adidas e Reebok são as marcas mais famosas. Fizeram modelos de tênis exclusivos e edições limitadas, firmaram parcerias milionárias com artistas e esportistas, além de influenciarem diversos jovens ao redor do mundo. O domínio dessas marcas permanece intacto até hoje.

Os tênis mais caros são aqueles que carregam consigo um valor de exclusividade. Esses calçados são feitos muitas vezes em parceria com artistas e esportistas e entregam a experiência sobre um determinado tema ou evento. Eles também podem ser lançados em edição limitada, reduzindo ainda mais a chance de obtenção do item, tornando-o raro. Mas não é só de calçados caros que a cultura sneaker perdura por tantos anos. Uma forma de praticá-la sem gastar tanto dinheiro é personalizar o calçado com pinturas e outras inovações desenvolvidas pela própria pessoa.

O grupo Run DMC foi o expoente da cultura sneaker no hip hop. Os integrantes adoravam o tênis adidas Superstar e o utilizavam com frequência. Por causa disso, lançaram a música “My Adidas”, que teve um sucesso retumbante. Depois, vieram vários outros músicos que carregaram consigo o estilo até os dias atuais, como Jay-Z, 50 Cent e Pharrell Williams.

Se você acha que no Brasil isso não existe, está enganado. O dentista Ricardo Nunes foi o precursor do estilo no Brasil, com um blog de calçados de sola de borracha ainda em 2005. A paixão virou trabalho e, hoje, a SneakersBR se tornou uma revista e uma agência de conteúdo. De acordo com o portal Meio e Mensagem, as marcas exploram cada vez mais o tênis como plataforma de comunicação, ampliando a construção de narrativas no Brasil.

Grande abraço!

Press Office

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