Da cultura à tecnologia, a China se projeta como a próxima superpotência mundial
A história da China é repleta de episódios de queda e ascensão. A nação asiática já se viu no meio de diversos furacões políticos desde os anos 2070 antes de Cristo, com as suas dinastias subindo e decaindo durante o período de regime imperial.
Esse ciclo só se encerrou na década de 1910, quando a dinastia Qing mostrou seu esgotamento e as imensas dificuldades de enfrentar os colonizadores estrangeiros. O processo de entrada do regime republicano e início da transformação da economia chinesa, que sairia do regime rural para o foco industrial e urbano, é parcialmente retratado na obra A boa terra, escrita pela ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura Pearl S. Buck.
Mais tribulações ocorreriam no caminho da China, sendo a mais marcante a proclamação da República Popular da China, em 1949 – e a continuidade dada à República da China, formada em 1912, no lugar hoje conhecido como Taiwan, no mesmo ano. O que seria apenas mais uma quebra no caminho político traçado pelo país desde o seu surgimento, foi também o que o colocou no passo de se tornar uma das nações mais importantes do planeta no contexto atual.
Setenta anos depois do evento, a China se encontra em uma posição de força invejável para os vizinhos e preocupante para os países desenvolvidos que fizeram o possível para atrasar o crescimento chinês. Sua influência é tão intensa que se estende a vários âmbitos da cultura pop, permeando animações como Mulan, jogos de roleta online como Dragon Jackpot Roulette, encontrado em https://casino.betfair.com/pt-br/c/roulette-pt, e músicas como “China girl”, de David Bowie. A China tem atingido grandes objetivos também no âmbito esportivo, com o país se mantendo entre os três primeiros colocados nos quadros de medalha das Olimpíadas desde 2000 e a vitória de dois times chineses nas duas últimas edições do Campeonato Mundial de League of Legends, no ramo de eSports.
Essa mudança de patamar para a China vem muito por conta da sua evolução econômica. O vasto “estoque” populacional que começou a sair do campo e ir para as cidades se combinou com fatores culturais e educacionais propícios ao desenvolvimento de capital humano de forma bem mais barata do que a de seus concorrentes internacionais e permitiu, então, que o país se tornasse o campo industrial do mundo inteiro. Seu crescimento de 6% no terceiro trimestre de 2019, conforme informado pelo G1 em https://g1.globo.com/economia/noticia, foi tido como “decepcionante” segundo analistas.
Só que o campo industrial chinês não se resume apenas aos artigos que compramos em lojas de R$ 1,99. Longe disso. Ao mesmo tempo que esses itens eram produzidos a nível maciço em fábricas espalhadas pela costa leste chinesa e em partes do interior do país, a China também investia de forma pesada em tecnologias de ponta.
Inicialmente, com a transferência de tecnologias em processo semelhante ao ocorrido com Japão, Coreia do Sul e Taiwan, a China começou a montar alguns dos itens mais avançados do mercado. Em pouco tempo o país já tinha domínio sobre a fabricação de microcomponentes, softwares e tantos outros fatores que fazem parte de computadores, celulares e outros itens da tecnologia da informação que ocupam nossas mesas de trabalho e também nossos bolsos.
O resultado é que hoje a China é líder no âmbito de pesquisa e desenvolvimento em vários âmbitos, com a região de Shenzhen se tornando uma espécie de Vale do Silício, conforme matéria contida em https://www.startse.com/noticia/ecossistema. Um dos fatores mais marcantes é justamente a questão das telecomunicações, com a empresa Huawei sendo uma das poucas no mercado capaz de fornecer a tecnologia 5G a preços acessíveis para o mundo inteiro. Tanto que essa foi uma das questões que podem ter levado à guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, com o primeiro não gostando muito de ter sido colocado em segundo lugar por uma força emergente num mercado de tamanha importância.
A tendência é que o desenvolvimento tecnológico continue. Além disso, a China tem se tornado líder em iniciativas de redução e mitigação de emissão de carbono na atmosfera, usando seus recursos para desenvolver novas tecnologias nesse âmbito e se tornar líder na produção de itens como painéis solares.
Com isso, aumentam também os temores de que a China vai acabar se projetando como superpotência muito em breve, liderando esforços tanto econômicos quanto ecológicos e tecnológicos. A questão aqui é que poucas são as maneiras de “travar” o crescimento chinês, conforme feito em séculos anteriores, e a cooperação com o gigante em potencial se mostra a maneira mais inteligente de aproveitar esse levante.