Entenda por que a telerradiologia pode auxiliar o serviço de saúde da sua cidade
Saiba como o acesso à telemedicina pode melhorar a qualidade de vida das populações que moram em cidades distantes da capital
Há algum tempo atrás, cidades mais distantes das capitais brasileiras estavam isoladas do ponto de vista técnico da medicina. Ainda que alguns municípios investissem na construção de hospitais e postos de saúde bem como nos aparelhos necessários para a realização de exames, ainda era bastante complicado encontrar profissionais qualificados disponíveis para todas as regiões.
Infelizmente em muitas cidades esse cenário não mudou. Ainda são poucas as localidades que têm condições de arcar com o salário de profissionais especializados e, em contrapartida, o número de profissionais capazes de suprir essa demanda, por uma série de razões, é menor do que o necessário.
Com isso, a população se vê diante de um dilema: quando têm hospitais, não têm acesso a especialistas. E, sem eles, muitas vezes a consulta ao médico não é suficiente para auxiliar nos quadros de prevenção aos mais diversos tipos de doença.
A tecnologia como solução para esse problema
Na última década o Brasil assistiu também a uma evolução na infraestrutura de telecomunicações. As melhorias nos sistemas de telefonia fizeram com que hoje as redes atinjam a praticamente todo o território nacional, ainda que com qualidade discutível em muitas regiões.
Entretanto, à medida que a tecnologia avança, surgem novas oportunidades para se usar a telemedicina como uma ferramenta a serviços das populações mais distantes. É o caso, por exemplo, dos serviços de telerradiologia. Eles são responsáveis hoje por um percentual significativo dos exames realizados no país – e há muito espaço para que sejam ainda mais relevantes.
Telerradiologia nas pequenas e grandes cidades
Em linhas gerais o funcionamento da telerradiologia é bastante simples. O paciente continua indo a uma clínica normalmente, onde realiza os mais variados tipos de exames como tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas ou Raios-X. A diferença está na maneira como esses resultados são laudados.
Ao invés das avaliações serem conduzidas por um profissional no local – especialista este que nem sempre está disponível ou que pode não dar conta da alta demanda de exames – as imagens obtidas são enviadas via internet para um central de telerradiologia. Online durante 24 horas, uma equipe de profissionais recebe essas imagens e providencia os laudos.
A maioria deles podem ficar prontos em até 24 horas, sendo que alguns casos de emergência podem ter sua resposta atendida em até 30 minutos. Em seguida os laudos são disponibilizados online novamente e hospital ou a clínica em questão só tem o trabalho de acessar as informações e repassá-las para os médicos ou pacientes.
Melhoria na qualidade do atendimento
O primeiro ponto a ser percebido pelos pacientes é a melhoria na qualidade do atendimento. Isso acontece especialmente por conta de dois fatores. O primeiro deles é obviamente a agilidade. Resultados de exames que antes demoravam uma ou duas semanas começam a ficar prontos de um dia para o outro, o que agiliza as consultas de retorno ao médico.
É sabido que quanto antes for feito o diagnóstico, em muitos casos, maiores são as chances de recuperação do paciente. Assim, ao ter a oportunidade de iniciarem antes o tratamento, os pacientes aumentam as suas possibilidades de que todo o processo seja feito de forma mais eficaz e, possivelmente, incorrendo em menores custos.
Já o segundo aspecto importante a ser mencionado é a forma como os exames são laudados. Em uma central de telerradiologia, apenas profissionais especializados em uma subárea é que se encarregam das avaliações. Assim, no caso de um Raio-X de cabeça e tórax, por exemplo, um profissional especializado nessa área é que vai ficar responsável pelo laudo. Esse alto grau de especialização garante que ele não deixe passar batidos certas nuances que profissionais mais generalistas poderiam ignorar em um primeiro momento.
Custos reduzidos e menor infraestrutura
Outro aspecto de extrema relevância a ser considerado pela administração das instituições de saúde dos municípios é o custo reduzido da operação. Em primeiro lugar, é importante salientar que não há a necessidade de despender altos valores em investimentos, uma vez que se utiliza os mesmos equipamentos disponíveis para os exames tradicionais.
A necessidade maior, nesse caso, é a manutenção de uma conexão banda larga com a internet para que possam ser feitas as transferências das imagens no menor tempo possível. Some a isso o fato de que há custos menores com servidores para a manutenção de imagens, uma vez que tudo fica salvo na nuvem. Por fim, gastos com licenças de software também ficam em segundo plano.
Os custos operacionais são reduzidos de forma significativa e o contratante paga apenas pelos exames laudados, sem a necessidade do pagamento de taxas fixas ou ainda da contratação de um número mínimo de exames. Essa característica faz com que o custo unitário caia de forma considerável e que os responsáveis pelo estabelecimento tenham condições de fazer o correto provisionamento de verbas.
É mais simples do que parece
Por mais que a telerradiologia possa ser considerada um avanço muito significativo na medicina, esse é um dos casos em que ter acesso a um sistema mais moderno não requer, necessariamente, que o contratante incorra em maiores gastos. Trata-se acima de tudo de um sistema capaz de otimizar a relação entre os estabelecimentos de saúde e os profissionais responsáveis pelos laudos.
Grande abraço!
Press Office
Imagem: radiologia.blog.br
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