História do BRASIL: resumo e revelações
Vale a pena fazer uma pausa para ler este fantástico resumo da história deste nosso maravilhoso e amado Brasil (Meu Brasil Brasileiro: Amo de paixão!). Muitas revelações interessantes que eu mesmo não sabia, e olha que já li o livro “1808” do Laurentino Gomes (ótimo também) que narra de forma precisa a vinda de Dom João VI ao Brasil. Na verdade, a transferência em peso de toda a corte em função das investidas de Napoleão. Resolvi ilustrar com belíssimas paisagens da terrinha em vez de pinturas antigas, que também são lindas, mas optei pelas fotos. Boa leitura!
Maior país da América do Sul, com vasta área de litoral banhada pelo Atlântico. Tem fronteiras com Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. O topônimo Brasil tem sua origem muito discutida, embora boa parte das explicações se refiram ao pau-brasil daqui extraído. Para alguns filólogos, vem do tupi ibira-ciri, “pau eriçado”. Os europeus, ao ouvirem este nome dado pelos indígenas à madeira de coloração avermelhada, chamaram-na de “Brasil”.
As extensas porções de terras que hoje constituem o país, foram habitadas por tribos que pertenciam ao tronco tupi-guarani, caribe e arawak. Para todos os efeitos, a frota chefiada pelo fidalgo português Pedro Álvares de Gouveia (ele só adquiriria o sobrenome Cabral com o falecimento de seu irmão primogênito, João Fernandes, em 1515) foi oficialmente a primeira a chegar às terras que hoje fazem parte do Brasil. Sabe-se, portanto, que outros europeus aqui aportaram antes de Pedro Álvares, mas não puderam tomar posse, nem sequer anunciar a descoberta por conta do Tratado de Tordesilhas. Você sabia disso?
A colonização do país se inicia com Martim Afonso de Souza, em 1532. Antes disso, as novas terras só serviam à Coroa como entreposto na linha comercial Lisboa-Índia e para extração de pau-brasil. Em 1540, Portugal resolve terceirizar a colonização do Brasil, repartindo as terras em capitanias hereditárias a serem entregue a fidalgos que deveriam explorá-las e fazê-las se desenvolver. O modelo não alcança os resultados necessários, mesmo com a presença de representantes da Coroa, os governadores-gerais. Das capitanias, somente São Vicente e Pernambuco almejam bons resultados econômicos, principalmente Pernambuco, que desenvolve latifúndios produtores de cana-de-açúcar produtivos. A França e, posteriormente, a Holanda resolvem tirar um quinhão das novas terras descobertas ao sul do Equador. Franceses tentam estabelecer colonização no Rio de Janeiro e no Maranhão. Holandeses tentam incursões na Bahia e em Pernambuco, onde conseguem se assentar por algum tempo. Os portugueses conseguem expulsar os estrangeiros invasores, retomando as possessões que estavam sob o seu domínio.
Ao longo dos Séculos XVII e XVIII, expedições chamadas Entradas e Bandeiras vão expandindo para oeste as terras da Colônia, conquistando espaços que estavam na parte espanhola do Tratado de Tordesilhas (metendo a mão literalmente, rs… Ainda bem para nós!). Foi estabelecido um fluxo de mão-de-obra escrava inicialmente índia (os índios não aceitavam a escravidão) e, como não deu certo, posteriormente negra africana para as plantações brasileiras e para a procura e extração de metais preciosos. No Século XVIII, já havia um razoável núcleo urbano em várias regiões do Brasil, a ponto de fazer germinar idéias separatistas, como ocorreu em Vila Rica, com a Conjuração Mineira, prontamente rechaçada de forma violenta pelo governo português.
No início do Século XIX, um fato seria determinante para o futuro da colônia. Napoleão invade Portugal, no seu esforço de estrangular comercialmente a Inglaterra e isso acarreta na fuga da Família Real portuguesa, incluindo a Rainha Maria I, e seu filho, o Príncipe Regente D. João, que governava Portugal desde 1792, por conta dos problemas mentais de sua mãe. Eles chegam a Salvador, em 1807, e de lá seguem para a capital da colônia, o Rio de Janeiro, onde se estabelecem a partir de 1808. Aqui, D. João abre os portos brasileiros às nações amigas, eleva o Brasil à condição de Reino Unido e cria uma infra-estrutura básica na colônia. Com isso, o porto do Rio de Janeiro, que era o mais importante do país, se expande, dinamizando a economia, atraindo mais pessoas para a Corte.
Aqui, a rainha D. Maria I, dita, a Louca, morre, em 1816 e D. João é aclamado como novo rei de Portugal e Brasil, embora tendo que retornar à Lisboa, em 1821. As cortes portuguesas querem fazer o Brasil voltar à condição de colônia, com monopólio comercial, o que não interessava mais aos brasileiros. Em 1822, Portugal pressiona o príncipe regente D. Pedro e ele, insuflado por José Bonifácio, pela princesa Leopoldina e por outras pessoas de influência na Corte, resolve declarar o Brasil independente de Portugal. Isso se deu em 7 de setembro de 1822, na província de São Paulo, às margens do riacho Ipiranga. Podemos definir como dois Brasis: um antes e outro, bem diferente, depois da vinda de Dom João para cá. Mudou definitivamente a nossa história.
O Brasil independente se transforma em um império, com D. Pedro I assumindo a chefia do governo. A primeira constituição foi outorgada em 1824, e a fase do Primeiro Reinado transcorre em meio a muitas crises políticas. Em 1831, o imperador Pedro I abdica em prol de seu filho e segue para Portugal. A década de 30 foi das mais agitadas na vida política brasileira. O país passa a ser governado por regentes provisórios, até que o infante D. Pedro adquira idade para assumir o trono. Em 1840, antecipam a maioridade do príncipe e ele assume como imperador Pedro II. Por quase 50 anos ele governaria o país, consolidaria a unidade nacional brasileira – um grande feito, por sinal – e, mesmo enfrentando crises políticas e revoltas civis nas províncias, manteria o país coeso e com um produto agrícola de forte penetração internacional: o café. A lavoura cafeeira, ao tempo do Império, era totalmente assentada na mão-de-obra escrava negra. Enormes latifúndios cafeeiros davam sustentação econômica ao país.
Em 1865, o Brasil, unido à Argentina e ao Uruguai, declara guerra ao Paraguai e é vencedor do conflito, em 1870. A partir desta década, começam a surgir as primeiras leis que levariam à abolição do cativeiro. Em 1871, com a chamada primeira Lei Áurea, mais conhecida como Lei do Vente Livre, que libertava todos os filhos de escravos; em 1885, com a Lei Saraiva-Cotegipe, ou dos Sexagenários, que libertava escravos com mais de 60 anos; finalmente com a definitiva Lei áurea, de 13 de maio de 1888, que extinguia a escravidão no país. No ano seguinte, a monarquia chegava ao fim, com o golpe militar que proclamou a República. Começou o ciclo de presidentes, a partir do proclamador Deodoro da Fonseca. Este período, que passaria à História como a Velha República, se caracterizou por várias crises políticas. Somente um presidente, Campos Sales, não decretou estado de sítio em seu governo (Poxa!).
Em 1930, uma revolta chefiada por Getúlio Vargas toma o poder e mantém o seu líder por 15 anos na chefia de governo. Após a II Guerra, ventos liberalizantes chegam ao Brasil e destituem Vargas. Dutra é eleito, mas Getúlio retorna, pelas urnas à presidência e de lá só sai morto, após suicidar-se em meio a uma grave crise política, em agosto de 1954. Dez anos depois, nova crise, culminando com o golpe militar em 1º de abril de 1964, que mergulhou o Brasil em um período de ditadura até 1985. Com a redemocratização, uma nova Constituição foi votada pelo Congresso, em 1988 tendo como maior mentor Ulisses Guimarães. Atualmente, o Brasil é governado pela brasileira Dilma Vana Rousseff, mineira de origem búlgara. O sistema é o Presidencialismo Democrático. Gostou? Sabe de mais algum detalhe? Divida com a gente! Grande abraço!
Fonte:
ibge.gov.br
Imagens:
sxc.hu