HISTÓRIA DO TEATRO EM ITAÚNA
Por Antônio de Oliveira
Tive a honra de ser convidado a prefaciar o precioso trabalho “140 anos de história do teatro em Itaúna”, organizado por Marco Antônio Lara. Observa-se, nos países considerados desenvolvidos, que, mesmo em cidades pequenas, ergue-se um museu, guardião da história daquele lugar. É verdadeira, juridicamente e em termos históricos, a frase comumente transcrita em cartórios de registro de imóveis: “Quem não registra não é dono”. A história se perpetua nas obras dos historiógrafos, disponíveis em bibliotecas, e em peças de museu, quando mantê-las intactas nos locais de origem seria expô-las a intempéries, depredações e atos de vandalismo. “A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade.”
Entre nós, estações de estrada de ferro desativadas vêm sendo transformadas em museus. O livro da história do teatro em Itaúna, lançado recentemente, por ser volumoso, não é um livro de bolso, mas é um “museu” ambulante de artistas. Uma galeria do passado redivivo e do presente vívido e vivido. Museu, no seu sentido mais elevado, do grego mouseion, de altar para as musas. Literalmente, a palavra música adveio de musa, nome conferido a divindades protetoras das artes.
Pessoas envolvidas no processamento do projeto, e que residem em Belo Horizonte, nos reuníamos em nosso apartamento, sob a liderança de Marco Antônio e do “história-viva” Dirceu Gomide, para identificação de fotos e ajuste do texto. Nos intervalos era servido o típico e genuíno pão de queijo mineiro, amassado, assado e assinado por minha esposa, D. Isa.
À conhecida frase de Monteiro Lobato, “Um país se faz com homens e livros”,
acrescentaria eu “Um país se faz com homens, mulheres, livros e teatro…” A arte imita a vida. Neste mundo, todos representamos o nosso papel.
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