Instituto Médico Legal sucateado: IML de BH dá vergonha
Paredes e tetos com infiltrações, mofo, moscas, mau cheiro, tecidos humanos guardados em potes onde antes havia chocolate em pó, são apenas alguns dos problemas encontrados no IML de Belo Horizonte.
Equipamentos de necropsia estragados e enferrujados são vistos pelos cantos.
Os riscos para visitantes e funcionários são evidentes pelas condições insalubres às vistas de qualquer um.
Com exceção da cidade de Betim, o instituto é o único apto a confirmar testes de embriaguez, fazer exames de corpo de delito e periciar cadáveres na região metropolitana da capital que abrange vários municípios, o que torna a situação ainda mais caótica.
Não bastasse as péssimas condições de trabalho, os funcionários contratados não recebem o benefício previsto em lei de insalubridade, que pode chegar a até 40% do rendimento.
Apenas profissionais efetivos, ou seja, concursados, recebem o complemento. Calcula-se que metade dos 215 funcionários do IML não recebam o adicional.
Segundo João Carlos Gontijo de Amorim presidente da Comissão de Direitos Sociais e Trabalhistas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), isto é um desrespeito ao princípio da isonomia, portanto, ilegal.
Pode uma coisa dessa gente?
Para ter uma ideia, a única máquina que faz o exame de DNA está quebrada, com isso, 27 corpos de pessoas mortas em acidentes ou assassinadas estão sem identificação.
Familiares não têm como fazer o enterro dos entes queridos o que aumenta mais ainda a dor da perda.
Relatório produzido pelo Sindicato da Polícia Civil (Sindpol) baseado em inspeção feita ao IML citando as más condições de trabalho, os riscos à saúde e demais mazelas encontradas no instituto, será entregue ao Ministério Público Estadual e à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
“É um desrespeito aos profissionais e aos parentes dos mortos”, diz o vice-presidente do Sindpol, Antônio Marcos Pereira.
Tomara que providencias sejam tomadas pois a população sofre muito com este descaso e abandono.
Uma vergonha!
Fontes:
sindpolmg.org.br
hojeemdia.com.br