Julho de 2019 foi o mais quente da história, mostra relatório

09/09/2019

Julho de 2019 foi o mais quente da história, mostra relatório

As maiores temperaturas no período foram observadas nos últimos cinco anos

Mudanças climáticas são um dos principais problemas enfrentados pelos governos ao redor do mundo – mesmo com uma recente onda de negacionismo sobre o aquecimento global. De acordo com dados divulgados pela  Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, o mês de julho de 2019 foi o mais quente de toda história desde quando os registros de temperatura global passaram a ser coletados, em 1880.

“A temperatura média global em julho foi 0,95 graus Celsius acima da média do século XX de 15,8 graus Celsius, tornando-o o mês mais quente de julho no registro”, afirmou a agência. Nesse cenário, foram observados Grandes derretimentos de gelo na Groenlândia e nos polos Ártico e Antártico. No Alasca, no Canadá e na Rússia, a média de temperatura ficou 2 graus acima dos registros.

O mesmo dado já tinha sido apontado pelo serviço europeu Copernicus sobre mudança climática, de que julho tinha sido o mês mais quente de todos os tempos. O relatório ainda apontou que nove dos 10 meses de julho mais quentes da história foram registrados desde 2005, sendo que os cinco últimos anos tiveram  as maiores temperaturas.

O calor excessivo não é só observado nas cidades – onde as pessoas podem se utilizar de soluções artificiais para atenuar a sensação térmica,  como um ar condicionado de parede. As mudanças climáticas impactam o regime de chuvas e a flora e fauna mundial, além de desequilibrar a harmonia dos ecossistemas. O gelo marinho médio da Antártica, por exemplo,  ficou 4,3% abaixo da média de 1981-2010, atingindo seu menor tamanho para julho nos registros de 41 anos. o gelo nos Oceanos Ártico e Antártico também foram reduzidos a tamanhos mínimos históricos.

Crédito: divulgação

Recordes de temperatura foram registrados em diversas regiões do planeta – o ano de 2019, inclusive, foi o ano com temperaturas mais altas em lugares como partes da América do Sul e do Norte, Ásia, Austrália e Nova Zelândia. Em países europeus, houve recorde de temperatura na  Alemanha, Bélgica e Holanda. Em Paris, os termômetros marcaram 42,6°C, maior temperatura desde 1947 (40,4°C).

É importante destacar, no entanto, que clima e temperatura não são a mesma coisa. Enquanto o primeiro tem a ver com uma série histórica analisada ao longo dos anos, o segundo se baseia em dados do presente. Apesar dessa diferença, os dois conceitos estão interligados e sofrem alterações com a ação do homem na natureza e efeitos climáticos como o aquecimento global.

As mudanças climáticas também são um entrave para o desenvolvimento econômico de um país, já que podem prejudicar significativamente atividades econômicas como o agronegócio. De acordo com a publicação “Mudança do clima e os impactos na agricultura familiar no Norte e Nordeste do Brasil”, produzida em parceria entre o Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), os pequenos agricultores terão de se adaptar a um mundo de crescente variabilidade climática.

“Apesar de os futuros cenários serem negativos para muitas das culturas avaliadas, o estudo indica que, com o planejamento prévio e técnicas inovadoras, é possível reduzir as vulnerabilidades e construir a resiliência, agora e no futuro”, diz trecho do relatório.

Grande abraço!

Press Office

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