Massacre de Oradour-sun-Glane: atrocidade nazista

11/09/2013

Massacre de Oradour-sun-Glane: atrocidade nazista

Para quem gosta de história seja antiga, moderna ou contemporânea (assim como eu) este artigo deverá complementar “estatísticas” para o quesito crueldade.
Todos, pelo menos a maioria, dos seres humanos abominam e condenam as atrocidades cometidas por Hitler e sua “gangue” durante a segunda guerra mundial.
Não obstante, é sempre bom lembrar e aguçar de vez em quando tais fatos escabrosos e cabeludos ocorridos na época, para que aqueles que não sabem tomem conhecimento, fortalecendo de alguma forma nossas instituições e para que os mesmos jamais se repitam.
Entre uma atrocidade e outra, Hitler talvez seja o “líder”, pelo menos em matéria de quantidade (milhões de judeus e não judeus foram dizimados), mas a história revela que covardes demoníacos deste nível, sempre existiram.
Porém neste artigo vamos nos ater a Hitler, mais especificamente a Adolf Diekmann, comandante da divisão que liderou a covarde chacina de Oradour-sun-Glane no dia 10 de julho de 1944 na França!

A covardia foi tamanha que chego a me emocionar ao traçar estas linhas duras sobre um dos crimes de guerra mais cruéis na história da humanidade, contra população civil totalmente indefesa.
No total foram 642 mortos sendo 195 homens (5 conseguiram escapar), 245 mulheres (apenas uma mulher se salvou) e 207 crianças.
No dia 10 de junho de 1944, um grupo de soldados do regimento Der Führer do 2º SS-Panzer Division Das Reich cercou a pequena aldeia de Oradour-sur-Glane, que fica próxima à cidade de Limoges.
No início, disseram ao prefeito (Jean Desourteaux) que seria apenas uma verificação de identidade, colocando as mulheres e crianças (que foram incentivadas a cantar) dentro da igreja e os homens dentro de celeiros ou garagens próximas.
Quando todos já estavam trancados e sem chances de escaparem a SS começou a matar todos eles.

Uma grande bomba de gás, aparentemente feita de granadas de fumo destinada a asfixiar os ocupantes foi detonada na igreja e como não funcionou como gostariam os SS usaram metralhadoras e granadas de mão para terminar de aniquilar as mulheres e crianças.
Após a matança os soldados amontoaram madeiras sobre os corpos, muitos dos quais ainda vivos, e atearam fogo.
Madame Rouffanche que viu a filha mais nova ser assassinada com um tiro na cabeça, foi a única que conseguiu fugir da igreja através de uma janela, pulando de uma altura de dez metros.
Apesar de ter levado 5 tiros Rouffanche conseguiu ficar escondida, semi-enterrada entre terra e ervilhas até a tarde do dia seguinte.

Ao mesmo tempo em que o inferno nazista acontecia dentro da igreja os covardes descarregavam suas metralhadoras nos homens presos nos celeiros ateando fogo em tudo, onde muitos ainda não mortos, foram queimados vivos. Como dito antes apenas 5 escaparam.
Enquanto estes assassinatos em massa aconteciam outros soldados iam revistando a aldeia e matando qualquer um que encontrassem pelo caminho.
Um homem inválido já com idade avançada, foi queimado até a morte em sua cama e bebês foram cozidos até a morte nos fornos das padarias.
Após assassinarem todos os moradores que puderam encontrar e saquearem todas as casas roubando tudo, incendiaram toda aldeia abandonando-a no dia seguinte em direção à Normandia onde se juntaram ao resto do exército alemão.
A história diz que muitos deles, inclusive Adolf Diekmann que havia liderado o massacre, foram mortos nos combates da Normandia.

Charles De Gaulle presidente francês da época, não permitiu a reconstrução da cidade que permanece em ruínas até hoje sendo um memorial à cruel ocupação dos nazistas.
Também foi criado um centro da memória em Oradour no ano de 1999, pelo então líder francês Jacques Chirac que nomeou oficialmente o lugar como “Cidade Mártir”.
Até hoje ninguém sabe ao certo o por que da chacina (motivo nenhum justificaria). Algumas vertentes de investigação apontam relação com o desaparecimento de Helmut Kämpfe, oficial alemão que teria sido preso, assassinado e queimado em público pela resistência francesa, e pelo qual Diekman (considerado homossexual) estava apaixonado. Nunca acharam seu corpo.
Na verdade o que menos importa é o motivo ou os supostos motivos da retaliação.
O que realmente importa é que o fato foi um crime de guerra dos mais hediondos e que devemos policiar noite e dia para que acontecimentos desta estirpe não voltem à realidade nos dias atuais e nem futuros.
Fica a dica.
Grande abraço!

Fontes e imagens: communes.com; notrefamille.com; wikimedia.org; oradour.org

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