O FOCO É DA MAIOR IMPORTÂNCIA
Por Antônio de Oliveira
O radicalismo dificulta o diálogo.
Que acha?
Falo de minha experiência. Minha formação, digamos, conservadora, durou cerca de trinta anos. Com seus valores e contravalores. Havia quem contestasse usos e costumes, uma minoria, mas a maioria se acomodava, ia na onda. Assim caminhava a humanidade. Paz relativa… Só no século passado, duas guerras mundiais: de 1914-1918 e de 1939 a 1945.
O direcionamento do meu pensar flexibilizou-se a partir da leitura desta frase de Molière: “Je prends mon bien où je le trouve”. Na minha versão aplicada: Eu capto (ou cato) o bem lá onde eu o encontro. Venha de onde vier: :de um especialista; de um trabalhador rural ou de uma criança.
O nome de uma doença, por exemplo, à qual se deu o nome “doença de Parkinson”, é uma homenagem ao Dr. Parkinson, inglês, médico de família, observador, focado em sintomas neurológicos. A partir da grande aceitação de “Paralisia agitante” – 1817, desenvolve-se a especialidade médica. Em suma, admitida a mudança de rota, manter o foco é não se desviar do alvo. E pode fazer do não especialista uma referência como Machado de Assis. Uma “avis rara”. É o foco.
Imagem de Gianni Crestani por Pixabay
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