O martírio de ser professor no Brasil

10/04/2015

O martírio de ser professor no Brasil

Como pode haver um descaso dessa magnitude com a educação neste Brasil varonil, principalmente com os profissionais, verdadeiros guerreiros, que ficam à mercê de tudo o que é ruim dentro das escolas, fundamentalmente, a violência?
Em contra partida ao Japão, país onde as únicas pessoas a quem o imperador se curva, são os professores, aqui a lei da impunidade impera em dose cavalares.
Aliada à falta de respeito e falta de consideração com estes mestres que deveriam ser tratados a “pão de ló”, pois participam diretamente da formação de nossas crianças (os brasileiros adultos de amanhã), a violência se torna uma constante a cada dia, mediante a certeza da impunidade arraigada na mente dos “coitadinhos” jovens infratores.

Onde já se viu uma diretora de escola ser agredida por um aluno com uma barra de ferro, e ficar por isso mesmo?
Aconteceu mesmo em Belo Horizonte, Minas Gerais na Escola Estadual Bolivar de Freitas, onde Rosalina Amaral de 52 anos foi covardemente atacada.
Que nação é esta onde o errado é o certo e o certo é coisa de babaca?
Que nação é esta onde todos querem levar vantagem em tudo (Certo?) e os honestos que se danem?
Que nação é esta onde bandidos postam vídeos em redes sociais empunhando armas, demonstrando um claro desafio à polícia e às autoridades e nada acontece?
Que nação é esta onde o menor de idade pode roubar, matar, estuprar e cometer todo tipo de crime que ele quiser mas de forma nenhuma, pode trabalhar?
Que nação é está onde em nome do famigerado progresso, destroem-se por dia o equivalente a centenas de campos de futebol de mata nativa, para que uma máfia sanguessuga enriqueça rapidamente, sem saberem que a maior riqueza é a aquela que estão destruindo?
Que nação é esta onde mostrar a bunda, é um dos caminhos mais rápidos para se chegar a fama, ao sucesso e ao estrelato?
Que nação é esta onde milhões de pessoas ficam boquiabertas à frente de uma telinha, assistindo a um bando de enjaulados, que externam o tempo todo os sete pecados capitais, estes, contidos em todos nós, dentro de um chamado Reality Show?

Pois eu te digo que nação é esta.
Esta é uma nação que não valoriza seus mestres professores, seus educadores. Aqueles que realmente seriam capazes de mudar a trajetória de um país, principalmente através da educação.
Aqueles que realmente através do dom de ensinar e do amor pela nobre profissão, dedicam suas vidas para que outros tenham uma vida melhor.
Aqueles que de tão difícil, impossível e pesada fica a cruz que carregam que acabam subjugados pela ineficiência do estado, aliada ao descaso da população “cidadã”.
E por isto, esta “nação”, colhe mazelas, plantadas talvez até por vontade real de governos estúpidos desejosos por dominar a pátria através da falta de consciência de seu povo, e não pelos méritos de um país realmente desenvolvido.

Será que somos mesmo uma nação?
Ou seremos apenas um bando de idiotas “se achando” ser, um país de verdade?
Chega!
Não dá mais para aguentar esse descalabro da ética, da moral e dos bons costumes!
Eu me recuso a ser mais um nesta boiada desenfreada que caminha rumo a um abismo de profundidade dantesca.
Quero sim com todas as minhas forças deixar um país melhor para minha filha, para os filhos dela e para toda a nova geração por vir.
Vou lutar até o fim.
Vida longa aos mestres professores!
Grande abraço!

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One thought on “O martírio de ser professor no Brasil”

  • http://Flávia

    Realmente, esta é uma triste realidade. Nós professores estamos sendo reféns de uma tirania, visto que os pais estão delegando aos professores e a escola a educação global de seus filhos. Vale lembrar que a escola ensina conteúdos e os pais deveriam ensinar os valores…Onde estão os pais ?

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