O TEMPO E EU
Por Antônio de Oliveira
O tempo e eu ou eu e o tempo. Há títulos de livros semelhantes. O mundo e eu. Eu e minhas circunstâncias. A motivação imediata desta crônica partiu da contextualização que o criador do “The Pomodoro Tecnique”, Francesco Cirillo, faz do seu livro. Em português, traduzido com o título A técnica Pomodoro. Isso mesmo, porque essa técnica, método ou sistema de cronograma usa um timer de cozinha em forma de tomate (pomodoro, em italiano) para gerenciar o tempo.
O ser humano, denominado ‘sapiens’, tem seus modos de relacionar-se com o espaço, com o tempo, com a própria idade e até com a idade dos outros. Para esta, o tempo voa; para aquele, o tempo não passa. Segundo L’horloge, O Relógio, um dos poemas de As Flores do Mal, de Lacordaire, o tempo é um adversário que sempre leva a melhor. Além dessa relação subjetiva com o tempo, o espaço populacional nos faz acompanhar efemérides, datas cívicas e religiosas. Natal e finados. Carnaval e Semana Santa. Páscoa… É nosso entorno psicossocial. Tempos de prosperidade, tempos de vacas magras. Tempos de saúde e tempos de pandemia que arruína a vida social, eliminando abraços e beijos. Tempo livre… Tempo livre para procurar emprego. Quando acha…
Esse tema, o do tempo, é recorrente todo dia, toda hora. Multifacetado, em relação a nós, é também terapêutico, moral e psicologicamente. Faz esquecer mágoas e enterrar desavenças.
De novo, é Páscoa. Pela segunda vez seguida, on-line. Páscoa significa passagem. No nosso caso, renovação, revitalização. Covid-19 nos faz redimensionar o tempo. Sem desperdiçá-lo. Sem descrer. Afinal, asas à criatividade… Feliz Páscoa!
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