Os mares terão mais plástico do que peixes

26/01/2016

Os mares terão mais plástico do que peixes

Fiquei estarrecido quando tomei ciência desta pesquisa.
O resultado, é assustador!

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Foto: Reprodução / amasurf.com

De acordo com recente relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF) baseado em pesquisa da Fundação Ellen MacArthur, ao longo dos próximos 35 anos, teremos mais plástico no mar do que peixe (em peso), caso não seja revertido o prognóstico atual para produção de plástico no mundo.
O relatório revelou que quase um terço de todo o plástico produzido no planeta, acaba indo para os oceanos, onde são comidos pelos peixes e outros animais (o que os mata) ou se transformam em uma grande mancha de lixo flutuante.

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Foto: Marcus Eriksen / Reuters

O que talvez seja mais chocante é que, apesar de todos os esforços e tentativas mundiais para reduzir a quantidade destes resíduos, o número só aumenta!
Estamos fazendo 20 vezes mais plástico do que fazíamos há 50 anos (principalmente para embalagens) e esta produção deverá dobrar nos próximos 20 anos.
E isto é péssimo, porque 95 por cento deste plástico é jogado fora depois de ser usado apenas uma vez, e apenas 14 por cento destes, são reciclados.
O resto acaba em aterros ou é jogado nas ruas antes de fazer o caminho para os oceanos.

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Foto: Zak Noyle

Trocando em miúdos, isto equivale a cerca de 8 milhões de toneladas de plástico ou um caminhão de lixo cheio a cada minuto jogado nos nossos oceanos a cada ano.
E pasmem, se não forem tomadas medidas urgentes para combater este “genocídio” das espécies marinhas e do próprio oceano, esta “aberração” deverá aumentar para dois caminhões cheios por minuto em 2030 e quatro por minuto em 2050, de acordo com o relatório.
Se continuar essa toada, os oceanos terão uma tonelada de plástico para cada 3 toneladas de peixe em 2025, e até 2050, mais plásticos do que peixes.
Onde vamos parar!!!!!

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Foto: sos-agua.wikidot.com

E não são apenas os oceanos que estão sofrendo. Atualmente a produção de plástico consome 6 por cento da produção mundial de petróleo e vai bater 20 por cento em 2050 o que compromete a quantidade máxima de emissões de carbono do mundo para evitar que a temperatura global aumente mais do que 2 graus Celsius.
Seja lá qual for a estratégia utilizada para reverter este quadro, a solução está longe de ser rápida.
O plástico é essencial para muitas indústrias e gera milhões de empregos em todo planeta. E numa economia mundial onde a instabilidade é maior do que os resultados positivos, não existe a possibilidade de “mexer” nestes empregos sem afetar drasticamente esta economia que já anda capenga.
As famigeradas microesferas plásticas (usadas em embalagens de produtos para protegê-los), são algumas das grandes vilãs desse tipo de poluição, se espalhando como erva daninha pelos mares.

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Foto: USFWS Headquarters

Inferimos então que a união do setor público, do setor privado e da sociedade civil como um todo é fundamental para aplicar de vez as medidas necessárias para evitarmos esta tragédia anunciada.
E como o ser humanoide é de todo muito egoísta, vamos torcer para que alguma “luz” de consciência nos invada e consigamos, juntos, salvar os mares!
Ou o que restou deles.
Grande abraço!

Caso queira, confira o relatório da Fundação Ellen MacArthur clicando aqui (em inglês).

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