Realidade da Educação Inclusiva
Por Flávia Prado
Tenho o prazer de apresentar hoje mais uma colaboradora aqui do Duniverso.
Flávia Prado Lopes Martins é professora e irá desenvolver temas principalmente na área da educação, além de outros.
O principal de tudo isto é que além de sua formação pedagógica, conhece como ninguém os meandros educacionais na prática sendo professora atuante (18 anos lecionando) do ensino fundamental em escolas privadas tradicionais brasileiras. Grande pesquisadora interessada em melhorar a cada dia, conhece também os caminhos difíceis da escola pública, que também serão citados aqui.
Uma das melhores profissionais da área que já conheci, tenho certeza que irão gostar muito de seus elaborados, educativos e sinceros textos.
Realidade da Educação Inclusiva
Realidade da Educação Inclusiva
Por Flávia Prado
A educação inclusiva é tema de discussões na área educacional e o debate sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em salas regulares, provoca uma grande reflexão.
A legislação tem avançado e a inclusão na escola é um direito constitucional, pois, não há mais espaço para a discussão da aceitação, ou não, destes alunos, como consta na Constituição Federal de 1988, artigo 205, o direito à educação é para todas as pessoas. A lei é especifica quanto à obrigatoriedade em acolher alunos com necessidades especiais, contudo, não é suficiente para ocorrer o pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
No momento que proponho discutir a respeito de uma educação inclusiva, estou pensando e procurando construir práticas que transformem a realidade educacional, não apenas dos alunos especiais, mas a educação como um todo.
Para que ocorra uma proposta inclusiva, é necessária uma junção de todos os setores da sociedade, pois a educação inclusiva consiste na ideia de uma escola que não seleciona crianças em função de suas diferenças individuais. A escola precisa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento e não de segregação.
Como educadora, reconheço as dificuldades enfrentadas no ambiente escolar, pois é preciso confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las.
A educação inclusiva implica na mudança de paradigma, visa à construção de uma educação diferente, transformadora, com práticas inclusivas que pressupõem a inclusão e uma educação de qualidade para a diversidade desses alunos. É preciso rever todos os procedimentos referentes à inclusão escolar, sendo necessária uma transformação em todo o sistema, seja educacional, social ou político, promovendo o acesso à educação e à permanência do aluno na escola.
Portanto, para que ocorra a verdadeira inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino, não basta apenas a promulgação de leis, cursos de capacitação para professores, nem a obrigatoriedade da matrícula. São medidas essenciais, porém a discussão é muito mais complexa, pois, o desafio é construir uma prática pedagógica que consiga atingir todos os alunos, capaz de atender aos que necessitam de uma pedagogia diferenciada. Tudo isso sem discriminação, sem preconceitos, conscientizando a comunidade escolar, respeitando os direitos de cada um.
Ao analisar a realidade, não tenho nenhuma dúvida de que todos devem ter direito a uma educação de qualidade, mas apenas incluir alunos especiais não é inclusão, precisamos de investimentos e de uma grande reforma no sistema educacional.
[author] [author_image timthumb=’on’]https://www.duniverso.com.br/wp-content/uploads/2014/03/Flavia-apresentacao.jpg[/author_image] [author_info]Flávia Prado Lopes Martins é professora. Com Licenciatura em Pedagogia e História tem também em seu currículo o Magistério. Atuante na carreira desde muito cedo em sua vida, defende como ninguém o direito de todos a educação de qualidade. Contato: flaviaplm@uol.com.br[/author_info] [/author]
Imagens: sxc.hu
Tags:Realidade da Educação Inclusiva
http://HELIO%20EDUARDO%20P%20PINHEIRO
EXCELENTE COMENTÁRIO! É PRECISO COLOCAR, TAMBÉM, QUE AS MEDIDAS SÃO EXCLUSIVAMENTE DE CARÁTER POLÍTICO, POIS DEMANDA DECISÕES QUE PERMITAM A ESCOLA TRABALHAR ESSA INCLUSÃO DE FORMA CONSISTENTE, E DE SALÁRIOS CONCORRENTES ÁS FUNÇÕES DOS EDUCADORES. COLOCAR SOMENTE UM PROFISSIONAL, SEM AS DEVIDAS HABILIDADES PARA EDUCAR PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS ESPECIAIS E ALUNOS ” NORMAIS”, NÃO É, PARA MIM, A MELHOR SOLUÇÃO!
PARABÉNS PELA INICIATIVA!
http://Flávia
Obrigado pelo carinho e apoio. Agora somos parceiros no Duniverso também
Parabéns pelo excelente texto princesa Flávia!
Te amo!
Beijos!