Satanás existe

22/07/2014

Satanás existe

Por Antônio de Oliveira

O demônio existe? Pelo sim pelo não, apelativos não lhe faltam: anhangá, anhanguera, anjo mal, anticristo, arrenegado, azucrim, beiçudo, bicho preto, bode preto, bruto, bruxo do inferno, bute, cafuçu, cafute, caneco, canheta, canhim, canhoto, cão miúdo, capa verde, capeta, capete, capirocho, capiroto, careca, carocho, cifé, coisa, coisa à toa, coisa má, coisa ruim, coxo, cramulhão, cujo, debo, decho, demo, diá, diabo, diabro, diacho, diale, dialho, diangas, dianho, dragão, dubá, espírito imundo, espírito maligno, excomungado, exu, feio, fute, futrico, gato preto, gênio da mentira, gênio das trevas, gênio do mal, grão-tinhoso, manfarrico, maldito, mal-encarado, malvado, mofento, mofino, moleque, moleque do surrão, morcegão, nem-sei-que-diga, pé cascudo, pé de cabra, pé de gancho, pé de pato, pé de peia, pemba, pé preto, pero botelho, príncipe das trevas, príncipe deste mundo, príncipe dos demônios, que-diga, rabão, rabudo, rapaz, romãozinho, sapucaio, sarnento, satã, satanás, serpente maligna, sujo, temba, tendeiro, tentação, tentador, tição, tinhoso, tisnado, tristonho, tunes.

Sim, mas para o jagunço Riobaldo: “O diabo não há! É o que eu digo, se for… Existe é homem humano – travessia”.

mefistofeles-de-delacroix

Rei do QE, Quociente de Esperteza, sim, e patrono de tantos políticos. Para os antigos hebreus: Asmodeu, Azazel, Belial, Mastema, Semihazad. Diabo, aquele que separa. Que introduz a discórdia entre o homem e Deus. Em grego: dia-ballein; ao invés de syn-ballein, que une. Para os muçulmanos, Elbis. Na Escócia, “Old Man”. David Jones, para os antigos caçadores de baleia de língua inglesa. Macaco de Deus, na Idade Média, por imitar Deus que nem um macaco e enganar os incautos.

Mefistofeles-visita-fausto-Tony-Johannot

Baal Zebub, um deus filisteu de Acaron, virou Belzebu, senhor das esterqueiras, senhor das moscas. Mefistófeles, personagem do Fausto, de Goethe. Mefisto, Lúcifer. Credo, credo em cruz, cruz-credo, cruzes! Sai pra lá, pé de pato, mangalô três veis.

Autor: O professor Antônio de Oliveira, cronista fascinante, é Mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, na Itália. Licenciado em Letras e em Estudos Sociais pela Universidade de Itaúna; em Pedagogia e em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del Rei. Estágio Pedagógico na França. Contato: [email protected]

Tags:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *