Tecnologia e saúde: app gratuito auxilia pacientes com Alzheimer
Batizado de Memory Life, aplicativo atua no estímulo cognitivo e visa retardar efeitos da doença
Um projeto multidisciplinar realizado na UFPA (Universidade Federal do Pará) deu origem ao aplicativo gratuito Memory Life, tecnologia destinada a melhorar a qualidade de vida de idosos com Mal de Alzheimer.
O trabalho foi desenvolvido pela professora e doutora em neurociências Kátia Omura, por Alanna Ferreira, aluna da FFTO (Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e Ailson Freire, aluno do curso de Engenharia da Computação.
Aliando a tecnologia ao conhecimento de terapias, o app Memory Life tem como objetivo estimular a cognição em idosos acometidos pela doença degenerativa, mas também pode ser utilizado por todos na terceira idade, já que oferece recursos para aguçar a memória e incentivar o raciocínio lógico, além de promover uma excelente ponte para o acesso às novas tecnologias..
Para isso, o aplicativo (que pode ser baixado aqui) reproduz três minijogos que reproduzem aspectos cotidianos e rotineiros da vida na terceira idade: “Escute os Sons”, Organize Dinheiro” e “Encontre o Objeto”. Cada categoria conta com três fases e elas evoluem em níveis de dificuldade básica, intermediária e avançada. A cada fase concluída, uma nova é desbloqueada, aguçando ainda mais a ação cognitiva.
A assessoria de comunicação da UFPA divulgou que já há uma nova versão do Memory Life em caráter de testes. Neste upgrade, o app também trará uma espécie de avaliação cognitiva para que a família e o usuário acompanhe seus progressos. A nova função também será capaz de gerar um banco de dados muito importante para desenvolvedores e profissionais que acompanham esses pacientes.
É importante ressaltar que quanto antes o diagnóstico do transtorno for realizado, maiores são as chances de desacelerar sua evolução. Entre os principais sintomas do início do transtorno, estão:
- Problemas de memória recente
- Dificuldade para acompanhar pensamentos e conversas complexas
- Repetição de perguntas e fatos
- Dificuldade para encontrar palavras para expressar sentimentos e ideias
- Não conseguir elaborar estratégia para resolução de problemas ou tarefas complexas
- Dificuldade para encontrar caminhos, dirigir e se localizar espacialmente
- Mudanças de humor como irritação, passividade, agressividade e isolamento
- Interpretações incorretas de estímulos visuais e auditivos.
Outras terapias para auxiliar pacientes com Alzheimer
Progressivo e degenerativo, o Mal de Alzheimer ainda não tem cura. Não há um consenso médico sobre sua origem, mas a ciência já sabe que o transtorno se instala quando o cérebro apresenta o aumento da proteína beta-amiloide, capaz de formar placas que destroem conexões entre as células cerebrais.
A partir daí, o paciente começa a desenvolver quadros de deterioração cognitiva, perda de memória, alterações de humor e comportamento que acabam por comprometer progressivamente suas atividades cotidianas e sua saúde.
Entre os principais tratamentos para desacelerar a progressão do transtorno e suas implicações fisiológicas estão medicamentos como a memantina, galantamina, rivastigmina e donepezila.
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, o SUS disponibiliza adesivos transdérmicos à base de rivastigmina, que auxiliam no controle da demência para esses pacientes.
Além disso, tratamentos complementares como terapia cognitivo comportamental e fisioterapia especializada para Alzheimer são essenciais para retardar os danos motores e neurológicos.
Grande abraço!
Press Office
Tags:Tecnologia e saúde: app gratuito auxilia pacientes com Alzheimer