Tendências digitais para melhorar a saúde no Brasil

01/11/2017

Tendências digitais para melhorar a saúde no Brasil

Veja quais são as novas tecnologias que podem dar mais agilidade ao atendimento, reduzir custos e ampliar a qualidade de vida dos pacientes

Uma pesquisa realizada pela empresa McKinsey & Company, uma consultoria norte-americana, apontou que nos próximos cinco anos pelos menos 75% dos pacientes pretendem utilizar serviços digitais de saúde. As novas tecnologias, que para muitos já são uma realidade, têm ganhado cada vez mais adeptos, o que faz com que os seus custos sejam reduzidos.

Diferente do que muitos podem imaginar, novas tecnologias na área de medicina nem sempre significam custos mais altos. Como toda novidade, sua adoção no início pode ser mais restrita, devido ao pequeno número de unidades ou ao custo unitário mais alto. Entretanto, uma vez que ela se consolida, os custos caem e a acessibilidade aumenta.

Como muitas das novidades de hoje estão sendo desenvolvidas tendo como foco a ideia de se tornarem um serviço muito mais do que qualquer outra coisa, nesses casos os custos partem de um patamar menor. E, claro, quanto mais pessoas puderem utilizá-la logo no início, menores serão os custos individuais.

Mas quais são esses serviços digitais que vêm despertando a atenção dos pacientes? Listamos aqui algumas das principais tendências do momento e que ou já estão disponíveis no Brasil ou muito em breve serão viáveis também na sua cidade.

1 – Telemedicina e a telerradiologia

Essa é uma realidade que já caminha a passos largos de desenvolvimento no Brasil. Trata-se de uma técnica que permite, por meio da internet, que pacientes tenham, de alguma forma, acesso a especialistas em suas consultas e exames, algo nem sempre disponível em pequenas cidades. Nas grandes cidades, o diferencial fica por conta da agilidade com que o atendimento acontece.

Para citar o exemplo da telerradiologia, aqui a agilidade e a qualidade dos laudos a distância são os grandes diferenciais. Depois de realizar um exame normalmente em uma clínica ou hospital, as imagens são enviadas pela internet para uma central de telerradiologia. Nela, especialistas se debruçam sobre os exames e, em menos de 24 horas, elaboram um laudo a distância, que também é disponibilizado online.

2 – Internet das Coisas

Você já deve ter lido por aí o conceito de Internet das Coisas relacionado a diversos itens que não necessariamente dizem respeito a saúde. Entretanto, essa possibilidade é muito ampla e obviamente a área da medicina pode tirar benefícios do seu desenvolvimento. Em linhas gerais, entende-se por Internet das Coisas o fato que qualquer dispositivo pode se conectar à internet.

Assim, desde uma caneca que pode informar para o seu celular a temperatura da bebida até um smartwatch capaz de medir os seus batimentos cardíacos, todos os itens podem tirar proveito da conectividade. A ideia é que os pacientes sejam eles mesmos capazes de produzir mais informações sobre a sua própria saúde, facilitando a vida dos médicos na hora de emitir um diagnóstico.

3 – Big data: a análise preditiva

Esse é outro termo que virou figurinha carimbada em sites de tecnologia e no cotidiano das grandes corporações. Por big data, entende-se o armazenamento e a possibilidade de análise de grandes quantidades de dados de forma que seja possível prever certos tipos de comportamento ou diagnóstico nos mais variados campos.

Trazendo esse conceito para a área de medicina, a ideia é montar um grande banco de dados com informações sobre os tratamentos dos pacientes – sem identifica-los – de forma a se analisar causas e consequências mais comuns. Por exemplo: se 70% dos pacientes com dores de cabeça apontarem o estresse como um dos fatores, essa pode ser considerada uma causa comum na primeira manifestação dos sintomas – agilizando o processo de tratamento.

4 – Prontuário Eletrônico do Paciente

Assim como as informações de diagnóstico de um paciente podem alimentar um grande banco de dados e colaborar com as estatísticas, ter os dados de um paciente sempre à mão de forma digital podem contribuir bastante para agilizar o atendimento. Nos casos de encaminhamento para especialistas, por exemplo, o novo profissional tem acesso imediato ao histórico.

Para que o paciente tenha a garantia de que essas informações não vão cair em mãos erradas, todos os dados são criptografados e somente mediante login e senha os médicos autorizados terão acesso ao conteúdo. Por meio da consulta imediata ao histórico do paciente, é possível acompanhar melhor quadros evolutivos de doenças e incompatibilidade com medicamentos.

5 – Tecnologia na beira do leito

Além de os médicos poderem usar essas informações durante as consultas, o prontuário eletrônico pode incluir ainda laudos a distância e informações sobre a dosagem dos medicamentos. Isso facilita a vida dos enfermeiros nos hospitais, que podem contar com um relatório completo e 100% digital sempre que estiverem ao lado do paciente.

Se houver alguma dúvida de um procedimento durante uma cirurgia ou atendimento, o profissional de saúde pode saná-la de imediato apenas consultando o prontuário completo em um celular ou tablet. Qualquer alteração relacionada aos medicamentos, da mesma forma, também pode ser comunicada de imediato e todos os envolvidos no tratamento podem consultar, a partir de qualquer lugar e em tempo real, a situação dos pacientes.

Uma direção com muitos caminhos

Além dessas inovações, smartwatches, celulares e tablets têm se tornado ferramentas cada vez mais promissoras na coleta e no cruzamento de informações sobre a saúde dos pacientes. Novos aplicativos surgem a cada dia e há um grande número de desenvolvedores focados em ampliar a oferta de serviços nesse segmento.

Grande abraço!

Press Office

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