Conceição Trucom *

Com poucas exceções, todas as culturas que conhecemos fazem uso do sal nos seus preparos culinários. O sal marinho integral nos ‘alimenta’ não apenas de sódio mas também de outros minerais, geralmente cerca de 70-80 minerais que chegam ao mar através de todos os rios que desaguam nos mares e oceanos. Mas não esqueçamos do cloro, necessário para a fabricação de ácido clorídrico (HCl), fundamental para funções digestivas que ocorrem no estômago, mas fundamental também para as funções do cérebro e do sistema nervoso como um todo, além de outros processos orgânicos. O componente cloro do sal ativa as amilases, enzimas necessárias para a digestão dos carboidratos. 


Atualização: 16/01/2017

Conceição Trucom deu uma entrevista sobre o sal no programa Revista CBN, da rádio CBN, no sábado, dia 14/01. Confira a íntegra abaixo!

Confira e baixe no site da CBN, aqui.


Nós somos salgados por dentro: o sangue, suor, lágrimas e até nossa urina, são salgados.

Informa o neurologista brasileiro dr. Alexandre Feldman

Nosso corpo pede por ele, e somos geneticamente programados para desejá-lo a partir dos 9 meses de idade, quando iniciamos a engatinhar, andar, agir mais socialmente. É um elemento indispensável na percepção do gosto, mas também na percepção do mundo, de todos os solos, todos os rios, que são capilares, vasos, veias e artérias da terra.

Devemos reabastecer o sal do nosso organismo, consumindo alimentos verdes, folhas, ervas, mas também frutas, sementes, vegetais e raízes. Mas nossos solos andam lixiviados, empobrecidos por inúmeras causas, desde monoculturas, mau uso do solo gerando erosões, acidificações, perda de fauna e flora microbiana (que fixam os minerais), mas também as poluições do planeta e por aí vamos… Então, não podemos contar somente com as plantas, desde sempre e cada vez mais, precisamos da reposição de minerais com o consumo do sal adequado, que além de nos mineralizar, pode auxiliar na digestão e até na normalização da função intestinal.

Pesquisas iniciais apontaram para uma correlação entre ingestão de sal e hipertensão, porém estudos subsequentes indicaram que a restrição de sal pode prejudicar o organismo. Um estudo levado a cabo em 1983 e publicado em uma revista médica de alto impacto {JAMA 250(3): 356-69} mostrou que, em alguns casos, a restrição do sal provocava o aumento da pressão arterial. Um estudo da década de 1930 demonstrou que a deficiência de sal levava à diminuição e perda do paladar, fraqueza, cãibras e lassidão.

Pitaco Conceição Trucom: estudos científicos revelam que a perda de paladar
pode ser um sinalizador de danos neurológicos importantes para a longevidade.

A necessidade de sal varia de acordo com o indivíduo. Pessoas com insuficiência da glândula adrenal (muito comum em nossos tempos de estresse) perdem mais sal na urina e precisam repô-lo com mais sal na dieta, enquanto que para outros indivíduos, o consumo excessivo de sal provoca excreção de cálcio pela urina, podendo contribuir para a osteoporose. O consumo excessivo de sal também expolia o potássio. Reforça o dr. Feldman.

Então, é fato que precisamos consumir sal desde a barriga de nossas mães, e não canso de estudar sobre esse alimento tão elementar e natural como a água, o oxigênio…

Mas, em meio a tantas propostas de sais, alguns até milagrosos: menos sódio, mais sabor, coloridos, do Himalaia, França, Índia, Grosso, Refinado, defumado, Flor de Sal, com Ervas…; as pessoas, incluso os próprios profissionais da saúde, ficam MEGA CONFUSOS.

E eis que fica em pauta, na ribalta, o mais FASHION do momento: o Sal rosa do Himalaia, que por ser importado, sempre ficou me incomodando, motivo pelo qual não parava para estudá-lo, avaliá-lo de perto. Sequer o comprava porque pensava comigo: tenho o sal da Região dos Lagos (RJ), tenho o sal de Mossoró/RN, porque buscar sal importado?

Enfim, recebi um vídeo que falava do elevado teor de flúor e areia neste FAMOSO SAL, que nem é do Himalaia, mas do Paquistão. E isso me impactou como um grande alerta: caraca isso é saúde pública, e mais que isso: mexe com a nossa evolução, porque flúor altera nossa Glândula Pineal ou Epífise e areia mexe com crianças, problemas renais… Vamos ao vídeo que recebi:

E, após assistir a este vídeo, percebi que tinha outro, meio que MINIMIZANDO a questão do flúor. Espera aí: se já somos bombardeados de flúor pelas pastas de dentes, pelas estações de tratamento de água de nossas cidades, porque comprar um sal importado que me aumenta as possibilidades de ingestão de flúor?

Onde fica todo o nosso investimento em Água Solarizada & Cromoterapia nossas águas para tirar o excesso de flúor das estações de tratamento? De buscar opções de escovar os dentes com pastas ou preparos caseiros (ou manipulados) sem flúor?

Para poder comprar um sal importado cheio de flúor?

Caraca: este mundo anda mesmo de ponta cabeça. Qualquer um pode fazer contas e contas para fechar números, raciocínios, pontos de vista… Mas neste caso NÃO COLA MESMO… Se você quiser assistir, fique à vontade, porque estas coisas nos fortalecem também sabe? Nos ajudam a encontrar a posição normal e natural do ser humano: nossos pés no chão e a cabeça no topo… Pensando, enxergando, discernindo…

Mas essa questão do flúor foi só o começo, porque como química e cientista que sou, resolvi avaliar esta questão da areia (silicatos), da cor e dos resíduos insolúveis em água. Porque um sal para consumo humano NÃO PODE, NÃO PODE MESMO, conter insolúveis: sejam traços ou percentuais acima de 10 ppm. NÃO PODE.

Uma realidade: sais importados, aliás, alimentos e suplementos importados, em geral, não têm este controle da saúde pública. Fica nas mãos do consumidor ser a cobaia disso tudo… E, num país que não tem investimento qualquer em educação e saúde pública, você vai reclamar para quem?

Então, preparei soluções aquosas a 10% (100 gramas/ 900 gramas de água solarizada) de 3 amostras de Sal Grosso:

Amostra 1 – Sal rosa do Himalaia fornecedor 1 – menos rosa
Amostra 2 – Sal rosa do Himalaia fornecedor 2 – mais rosa
Amostra 3 – Sal de Mossoró/RN (o que uso no meu dia a dia faz quase 20 anos)

Observe nas imagens a seguir o que aconteceu, mesmo aguardando 4 dias para observar se haveria redução no teor de resíduos apresentados nas amostras 1 e 2 (Sal rosa do Himalaia).

Da esquerda para direita: amostra 1, amostra 2, sal de Mossoró/RN



Resíduos coletados após filtragem da solução 10% do sal Himalaia fornecedor 2
basicamente gesso, carbonatos e sulfatos principalmente de ferro e silicatos (areia).

Quanto mais rosa mais resíduo. Por isso a diferença brutal de preços.
Lá nas jazidas já devem separar os preços pela cor porque sabem deste elevado teor de resíduos…
Mas devem ter distribuidores que compram o mais barato
(mais rosa e cheio de resíduos) e vendem como o melhor e mais caro…

Observar que o sal de Mossoró/RN, por ser rico em magnésio, dissolveu 100% em minutos, ou seja, não gerou resíduos. Não tenho dúvidas: trata-se de amostras verdadeiras de Sal do Himalaia. Elas não foram pigmentadas artificialmente como muitos alegam, o pigmento é natural, é o próprio resíduo que o contamina e o torna inadequado ao consumo humano. Trata-se de gesso, carbonatos e sulfatos principalmente de ferro e silicatos (areia).

Para quem já comprou este sal e tem estocado em casa, minha sugestão é dissolvê-lo na proporção indicada com água solarizada e quente (o mais quente possível) para eliminar o flúor termo-degradável (o flúor que estiver na forma termo-estável não será eliminado pelo calor). Agitar várias vezes ao dia. Deixar decantar por toda a noite e filtrar pela manhã num filtro para café. O líquido que passar, incolor, transparente e sem resíduos, coloque num frasco de vidro incolor e transparente. Etiquete e mantenha tampado, idealmente com rolha de cortiça. Use para salgar seus preparos. Mas, quando acabar NÃO COMPRE MAIS, porque não é garantia que todo o flúor foi eliminado.

E um aviso geral: todo minério precisa de purificação porque nas jazidas de onde são extraídos, encontram-se contaminados com o que era abundante e natural na época de sua formação… No caso dos sais minerais o Sal Negro da Índia encontra-se contaminado com o carvão (por isso sua cor negra), o do Paquistão com silicatos e sulfatos ferrosos e assim por diante.

O uso do Sal do Paquistão para chapas de aquecimento, banhos e salas de ionização, para receber boas energias da terra é mesmo FANTÁSTICO, principalmente se você lá se encontra… Daí nem precisa dos banhos, basta lá estar, nele tocar. Mas para consumo humano fica este ALERTA de interesse para a saúde de TODOS…

ATENÇÃO:
O sal mineral comercializado para consumo do gado NÃO É PARA HUMANOS.
Ele é aditivado com minerais para alimentação e cuidados de saúde de BOVINOS.

 

SAL de Mossoró/RN uso faz 20 anos e recomendo:
para quem reside nas regiões SUL E SUDESTE adquira na AROMARTE
Para quem reside nas regiões NORTE e NORDESTE esse é o SAL LOCAL,
mas compre GROSSO sem refino ou ADITIVAÇÃO de IODO


* Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.